Trata-se da primeira baixa política do novo Governo do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, num caso que veio na quarta-feira a lume, quando se gerou polémica devido a várias mensagens insultuosas publicadas na conta de Twitter de Kammenos.

Kammenos é militante do partido nacionalista Gregos Independentes.

Enquanto se celebrava o juramento no palácio presidencial, nas redes sociais geravam-se reacções acesas a várias mensagens suas, uma delas de 11 de Setembro de 2013, em que afirmava que no atentado às Torres Gémeas, em Nova Iorque, não estavam no edifício nenhum dos muitos judeus que ali trabalhavam habitualmente.

Tsipras pediu imediatamente ao seu parceiro de coligação que investigasse a autoria destas mensagens. Apesar de o secretário de Estado ter assegurado que não tinham sido escritas por si e pedido que as autoridades esclarecessem o assunto, acabou, por fim, por se demitir do cargo.

Kammenos pediu desculpas, num comunicado, mas incriminou indirectamente os seus colaboradores, dizendo que a sua conta era gerida por 15 assistentes. Como alternativa, pôs também a hipótese de ter sido vítima de um ataque cibernético.

Segundo o jornal Kathimerini, a nomeação de Kammenos foi, desde o início, um ponto de discórdia entre Tsipras e o seu parceiro de coligação.

De acordo com o diário, o líder dos Gregos Independentes tinha insistido em incluir Dimitris Kamenos no gabinete, até então apenas deputado. Tsipras terá resistido inicialmente, mas acabou por ceder.