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Governo convoca ativos e reformados para a revolução digital

O novo programa para as competências digitais envolve várias áreas governativas e, além dos jovens, implica a reconversão profissional e a inclusão de quem está fora do mercado de trabalho.

António Costa frisou que a digitalização é uma 'mais-valia” para enfrentar desafios climáticos e demográficos.
António Costa frisou que a digitalização é uma "mais-valia” para enfrentar desafios climáticos e demográficos. Estela Silva/Lusa
03 de Março de 2020 às 21:28
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O Governo vai aprovar no próximo Conselho de Ministros um programa de ação para a sociedade digital, que António Costa apresentou como “um desafio que tem de mobilizar” as tutelas da educação, ciência, ensino superior, trabalho, modernização da administração pública e economia.

O primeiro-ministro sublinhou que o país “não [parte] do zero” e em alguns domínios até está numa “boa posição” face aos parceiros europeus, dando o exemplo do número de recém-licenciados em engenharia e da utilização dos serviços públicos online, em que está apenas atrás da Estónia e da Finlândia.

Durante a 3.ª Conferência do Fórum Permanente para as Competências Digitais – INCoDe.2030, na Alfândega do Porto, o chefe do Executivo reconheceu, porém, que o país “ainda [tem] muito para andar, sobretudo no elemento mais importante, que são os recursos humanos”. Falou de uma transição digital que “vale a pena para aumentar o grau de inclusão” e garantiu “proteção social a todos neste processo de mudança”.

“Não podemos vencer só com os que estão na linha da frente e deixar os outros para trás. Seria dramático [para os segundos] e um peso insuportável [para os primeiros]. Temos de nos centrar nos jovens que estão no sistema de ensino, mas também trabalhar com os que estão no mercado de trabalho e mesmo com os que, tendo já saído, não podem estar excluídos porque têm de ter um envelhecimento ativo e saudável”, resumiu.

Reconhecendo que “sem competências avançadas que permitam extrair todas as oportunidades que a sociedade digital oferece, Portugal arrisca-se a ficar para trás”, António Costa adiantou, sem contabilizar, que este plano terá “metas ambiciosas” ao nível da reconversão profissional para novas áreas de especialização, como a programação.

O governante assinalou ainda a “falta de coincidência” entre os perfis dos postos de trabalho que vão desaparecer e dos que serão necessários na sequência desta revolução tecnológica em curso. Um aspeto “fundamental para a coesão social”, insistiu, assegurando que a digitalização será um dos temas centrais da presidência portuguesa da União Europeia, de 1 de janeiro a 30 de junho de 2021.

 

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EXCLUÍDOS DIGITAIS
Quase dois milhões de portugueses nunca utilizaram a internet, de acordo com os dados do Eurostat.

 

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