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Ferro Rodrigues: Crescimento previsto para 2015 equivale a "estagnação"

O líder parlamentar do PS acusou o primeiro-ministro de "negação, irrealismo e efabulação". Portugal vive "mergulhado em extremas dificuldades, grandes problemas sociais, económicos e financeiros", acusou, e o crescimento previsto para 2015 será o mesmo que estagnação.

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12 de Dezembro de 2014 às 13:32
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"Falou-nos de crescimento sustentável, mas o que se vê é muito mais parecido com estagnação do que com crescimento. Por outro lado, o PIB per capita aumentou para 2013, mas convém não esquecer que a população diminuiu de 2012 para 2013", sustentou. "O orçamento que aprovou foi classificado de irrealista e sobre o emprego, convém não esquecer que o Banco de Portugal veio dar uma machadada no milagre do emprego", acusou Ferro Rodrigues.

 

"Os estágios são a forma mais dura de precariedade que existe neste momento. São pessoas que estão ali durante um ano e depois saem e vêm outras", acusou. De acordo com os dados do Banco de Portugal, cerca de um terço da criação de emprego está ligada às políticas activas de emprego, nomeadamente estágios.

 

"Além do irrealismo há também alguma efabulação que me parece perigosa. A estratégia neoliberal com que o Governo arrancou o seu mandato falhou" e, agora, "estão em trânsito de estratégia neo-liberal para estratégia neo-populista". "A sua historia de que quem não se lixou foi o mexilhão seria cómica se não fosse trágica para centenas de milhares que tiveram de emigrar" mas também para "pensionistas, para funcionários públicos e para as famílias com crianças".

 

Ferro Rodrigues confrontou depois Passos Coelho e a sua expressão do mexilhão com alguns dados. A propósito do desemprego de longa duração no terceiro trimestre, "na sua linguagem marítima ou oceânica trata-se ou não de mexilhão? Quanto aos inactivos ou desencorajados, mais de 150 mil pessoas que deixaram de procurar emprego, são ou não mexilhão?", questionou. "Quanto aos emigrantes: em 2011 eram 121 mil e em 2013 350 mil pessoas abandonaram o país nestes três anos. Trata-se ou não de mexilhão?", prosseguiu Ferro Rodrigues.

 

No Rendimento Social de Inserção, acusou, "baixaram os beneficiários de 323 mil para 207 mil. 116 mil perderam o beneficio? É ou não mexilhão? Trata-se de mexilhão ou trata-se de lagosta senhor primeiro-ministro?", concluiu.

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