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Ferro Rodrigues: Soares foi o "militante número um da nossa democracia"
O presidente da Assembleia da República elogiou o percurso político e de vida de Mário Soares, para quem o fundador socialista "foi um grande português". Para Ferro, mais do que fundador e militante primeiro do PS; Soares foi o "militante número um da nossa democracia".
A homenagem feita por Eduardo Ferro Rodrigues a Mário Soares centrou-se não apenas no socialista, mas no político que, como nenhum outro, soube construir uma "sintonia impressionante com os portugueses".
O presidente da Assembleia da República começou a sua intervenção por "apenas manifestar três sentimentos" decorrentes do desaparecimento de Mário Soares: "dor, admiração e gratidão". O antigo líder do PS notou estar convencido "que, da esquerda à direita, esta dor é amplamente partilhada".
O legado de Soares não se restringiu às acções políticas, com Ferro a salientar o "gosto contagiante pela vida e pelo país. Tinha a coragem política dos grandes, sempre presente, nos momentos bons e nos menos bons".
Mas "ao sentimento de dor junta-se o sentimento de admiração", acrescentou ferro Rodrigues que destacou ainda a "admiração pelo preso do Aljube, pelo exilado político, pelo líder democrático". Ferro recordou ainda o "exemplo de coragem" sempre dado por Mário Soares, recuperando o velho lema do primeiro Presidente civil eleito democraticamente: "Em política só perde quem desiste de lutar".
Para Ferro Rodrigues, "mais do que o militante número um do PS", Mário Soares foi o "militante número um da nossa democracia". "Mário Soares foi um grande português", continuou Ferro seguro de que será "assim que a história o lembrará".
"Obrigado Mário Soares", atirou.