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António Costa descreve Mário Soares como “o rosto e a voz da nossa liberdade”

O primeiro-ministro esteve presente na cerimónia evocativa de Mário Soares através de uma mensagem em vídeo enviada da Índia. António Costa disse que o ex-Presidente foi, “em momentos decisivos, o rosto e a voz da nossa liberdade”.

Miguel Baltazar
10 de Janeiro de 2017 às 13:52
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A mensagem em vídeo do primeiro-ministro António Costa não podia ser mais elogiosa para com Mário Soares. A partir da Índia, onde se encontra em visita de Estado, o primeiro-ministro descreveu o falecido ex-Presidente como "um exemplo de combate constante por aquilo em que acreditava", que "configurou o Portugal democrático" e foi o autor "das suas opções fundamentais". Mário Soares foi "o principal fundador da democracia portuguesa e um dos portugueses mais prestigiados no mundo".

 

"Mário Soares foi, em momentos decisivos, o rosto e a voz da nossa liberdade. Desse título, que era certamente aquele que mais lhe agradava, raros homens se podem orgulhar", sublinhou António Costa. O chefe do Governo disse que Soares "aliou sempre idealismo e realismo, convicção e acção, política e cultura, consciência da história e das lições do passado com visão criadora e ambiciosa do futuro".

 

"Quem o conheceu não esquece o seu amor pela vida e pelas suas coisas boas. A sua coragem ímpar e a sua tenacidade inabalável. A sua cultura viva e vivida. A sua audácia criadora e a sua astucia divertida. A sua energia, que mobilizava e inspirava. O seu optimismo que nunca desistia e as suas gargalhadas contagiantes. A sua capacidade de prever e advertir. As suas fúrias terríveis e passageiras. A sua avidez de viver, de conhecer, de descobrir, de encontrar. A sua grandeza e a sua sabedoria", prosseguiu.

 

Costa admitiu que "Soares pode ter-se enganado às vezes no acessório, mas nunca se enganou no fundamental. E o fundamental para ele era a visão que tinha do país, da Europa e do mundo". Mário Soares via a Europa como uma "comunidade de ideais e de valores, fundada na igualdade dos seus membros, na partilha de objectivos e interesses, na solidariedade e na cooperação, capaz de ser uma grande força de paz e de progresso no mundo do século XXI".

 

Costa recordou os tempos de prisão, a deportação para São Tomé e o exílio em França. E explicou que hoje se entrega "às gerações futuras a memória de um grande português de quem tivemos o privilégio e a honra de ser contemporâneos. Mário Soares construiu a história e, por isso, a história guardará o seu nome, a sua obra, o seu exemplo".

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