Notícia
Último dia de homenagem a Mário Soares
As portas do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, fecharam ao público às 11:00 depois de centenas de pessoas terem passado pela Sala dos Azulejos para prestarem homenagem ao antigo Presidente da República Mário Soares. Este é o último dia das homenagens públicas. O funeral é às 15:30.
"Grandeza" de um "cidadão do mundo" também recordada em Bruxelas
Cerca de uma centena de pessoas participaram hoje num cerimónia evocativa de Mário Soares no Parlamento Europeu, em Bruxelas, com eurodeputados das diferentes forças partidárias a prestarem homenagem à "grandeza" de um "cidadão do mundo".
Promovida pela delegação do PS ao Parlamento Europeu, a cerimónia em Bruxelas - realizada sensivelmente ao mesmo tempo em que se concluíam as cerimónias fúnebres em Lisboa, nas quais participou o presidente da assembleia, Martin Schulz - contou com a presença da maioria dos eurodeputados portugueses, muitos funcionários, mas também deputados de outras nacionalidades, que prestaram homenagem ao antigo Presidente da República.
Colocado sobre uma mesa numa zona nobre da assembleia, ao lado de uma foto a preto e branco de Mário Soares e de um cravo vermelho, o livro de condolências foi assinado por dezenas de pessoas, entre as quais os líderes parlamentares das duas grandes famílias políticas europeias, Manfred Weber (Partido Popular Europeu) e Gianni Pittella (Socialistas Europeus).
O líder da delegação socialista, o eurodeputado Carlos Zorrinho, agradeceu a presença dos eurodeputados portugueses mas também "a todos os que se quiseram juntar, de outros países, reconhecendo aquilo que todos nós sabemos: Mário Soares é um grande português, mas é um cidadão da Europa, com muitos amigos por toda a Europa, um cidadão do mundo, com muitos amigos e reconhecimento por todo o mundo".
No Parlamento Europeu - Cerimónia evocativa da memória e da obra de Mário Soares @PE_Portugal @Europarl_EN pic.twitter.com/MZ0NGpBS19
— Carlos Zorrinho (@czorrinho) 10 de janeiro de 2017
Cerimónia privada
A cerimónia pública de homenagem a Mário Soares terminou. Segue-se agora uma cerimónia de carácter privado.
Bandeira retirada
A bandeira que envolvia a urna de Soares e as insígnias com que o próprio foi consagrado em vida foram entregues aos familiares do antigo Presidente.
Seguiu-se uma salva de 21 tiros, disparados no Tejo por uma embarcação da marinha.
"Estive sempre com os que foram e são oprimidos"
Ouviu-se por uma última vez a voz de Mário Soares. Foi escolhido um trecho de um discurso proferido por Soares durante a campanha para as presidenciais de 1986, a que consagraria Mário Soares como o primeiro Presidente civil democraticamente eleito.
"Nasci num país intolerante e pobre", começou por ouvir-se num discurso que depois acrescenta haver "uma certeza que sempre tive, a verdade não pertence em exclusivo a ninguém, e não há nada que substitua a tolerância".
"Estive sempre com os que foram e são oprimidos", dizia ainda Soares em 86, altura em que o próprio já definia muito do que é o seu legado: "Lutei sempre para que os portugueses pudessem conviver em liberdade uns com os outros".
Urna transportada para os Prazeres
Militares dos três ramos das forças armadas já transportam a urna de Mário Soares para o interior do cemitério dos Prazeres. A urna será depositada num jazigo de família, ao lado da mulher, Maria Barroso.
O início desta cerimónia solene foi feita ao som da marcha fúnebre e depois de terem sido disparadas três salvas de tiros. Trata-se do primeiro funeral de Estado desde o 25 de Abril, de 1974.
Cortejo fúnebre aproxima-se dos Prazeres
O cortejo fúnebre está muito próximo de chegar ao cemitério dos Prazeres. Nos últimos 800 metros, que estão já a ser percorridos pelo armão militar que transporta o corpo de Mário Soares, há um corredor (dos dois lados da estrada) composto por vários militares pertencentes aos três ramos representativos das forças armadas.
"Soares merecia isto"
Logo depois de o armão militar retomar o caminho em direcção ao cemitério dos Prazeres, Ana Catarina Mendes, deputada e secretária-geral adjunta do PS, afirma aos jornalistas que "Soares merecia isto", referindo-se à homenagem institucional e popular feita ao antigo Presidente da República.
Cortejo chega ao Rato sob aplausos
O cortejo fúnebre chegou ao Largo do Rato sob fortes aplausos dos populares. Muitos militantes socialistas, incluindo alguns dos fundadores do partido (como por exemplo Edmundo Pedro e Arons de Carvalho) e membros dos órgãos dirigentes (como o presidente Carlos César e a secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes), aguardam pela passagem do armão militar.
Repete-se o grito "Soares é fixe, Soares é fixe", a que se juntou também o grito "Soares, amigo, o povo está contigo!". "Viva o socialismo", ouviu-se numa gravação de uma intervenção de Mário Soares reproduzida pelas colunas instaladas na sede do PS.
A GNR teve de intervir para impedir as dezenas de populares que se tentavam aproximar da urna que transporta o corpo de Mário Soares. O armão militar permanece em frente à sede socialista. São atiradas rosas amarelas (as favoritas de Maria Barroso, esposa de Soares que faleceu há cerca de um ano e meio) para a urna que contém os restos mortais de Soares.
Cortejo na Fundação Soares
Depois de passar e parar brevemente em frente ao Palácio de Belém e à Assembleia da República, o armão militar que transporta os restos mortais de Soares avançou poucos metros para uma outra paragem simbólica, em frente à Fundação Mário Soares, situada a poucos metros do Parlamento.
O cortejo fúnebre encaminha-se agora para o Largo do Rato.
Cortejo passa pelo Parlamento
O cortejo fúnebre parou agora em frente à Assembleia da República. Além dos deputados, que aplaudem de pé na escadaria da AR, há dezenas de pessoas à frente do Parlamento. Ouve o grito "Soares é fixe, Soares é fixe".
Trânsito no Rato cortado
Numa altura em que o cortejo fúnebre segue ainda na Avenida da Índia, o trânsito no Rato, zona onde está sediada a sede do PS, já está cortado. Recorde-se que a sede socialista é o último ponto de paragem do cortejo fúnebre.
Depois de já ter passado pelo Palácio de Belém, o armão militar que transporta o corpo de Mário Soares fará ainda breves paragens junto à Assembleia da República e à Fundação Mário Soares. Depois de passar pelo Rato, o cortejo fúnebre encaminha-se para o destino final, no cemitério dos Prazeres.
Armão militar faz primeira paragem
Poucos metros depois do ponto de partida, o armão militar que transporta o corpo de Mário Soares efectuou já a primeira paragem, em frente ao Palácio de Belém. Soares foi durante 10 anos o residente oficial em Belém, durante os dois mandatos exercidos como Presidente da República.
Marcelo evoca Mário Soares como “singular humanista e construtor de portugalidade”
O Presidente da República recordou a "telúrica resistência" e "indómita vontade" de Mário Soares e agradeceu "sua ilimitada coragem e liberdade". "Fez história sabendo que a fazia", certificou Marcelo Rebelo de Sousa.
Foi com um discurso carregado de referências literárias e a recordar os feitos dos portugueses que Marcelo Rebelo de Sousa homenageou Mário Soares, no encerramento da sessão evocativa do ex-Presidente, que decorreu no Mosteiro dos Jerónimos. Marcelo evocou Soares, "à sua maneira, no seu tempo, e no seu modo", como "um singular humanista e construtor de portugalidade".
Cortejo fúnebre já arrancou
O cortejo fúnebre já arrancou. Imediatamente antes da partida, uma esquadrilha composta por seis aviões militares sobrevoou os Jerónimos e o Padrão dos Descobrimentos, sinalizando a coragem partilhada por Mário Soares e os portugueses que se aventuraram no caminho das descobertas.
Urna de Soares já foi retirada dos Claustros dos Jerónimos
A urna que contém os restos mortais de Mário Soares já foi retirada do Mosteiro dos Jerónimos. O cortejo fúnebre será entretanto iniciado. A urna será colocada no armão militar que irá levar o corpo de Soares para o cemitério dos Prazeres.
Os populares que se encontram em frente do Mosteiro dos Jerónimos começaram a aplaudir assim que vislumbraram a urna coberta com a bandeira portuguesa.
Ferro Rodrigues diz que Soares foi "militante número um da nossa democracia"
O presidente da Assembleia da República começou por "apenas manifestar três sentimentos" decorrentes do desaparecimento de Mário Soares: "dor, admiração e gratidão". Eduardo Ferro Rodrigues notou saber "que da esquerda à direita esta dor é amplamente partilhada".
Para Ferro Rodrigues, "mais do que o militante número um do PS", que o foi, Mário Soares foi o militante número um da nossa democracia".
"Mário Soares foi um grande português", afirmou Ferro, seguro de que será "assim que a história o lembrará". "Obrigado Mário Soares", atirou.
António Costa descreve Mário Soares como “o rosto e a voz da nossa liberdade”
O primeiro-ministro esteve presente na cerimónia evocativa de Mário Soares através de uma mensagem em vídeo enviada da Índia. António Costa disse que o ex-Presidente foi, "em momentos decisivos, o rosto e a voz da nossa liberdade".
A mensagem em vídeo do primeiro-ministro António Costa não podia ser mais elogiosa para com Mário Soares. A partir da Índia, onde se encontra em visita de Estado, o primeiro-ministro descreveu o falecido ex-Presidente como "um exemplo de combate constante por aquilo em que acreditava", que "configurou o Portugal democrático" e foi o autor "das suas opções fundamentais". Mário Soares foi "o principal fundador da democracia portuguesa e um dos portugueses mais prestigiados no mundo".
500 convidados recebem em silêncio urna nos claustros dos Jerónimos
Mais de cinco centenas de convidados assistiram esta terça-feira em silêncio à entrada da urna de Mário Soares nos Claustros do Mosteiro dos Jerónimos, onde decorreu a sessão solene evocativa de homenagem ao antigo Presidente da República.
Faltavam poucos minutos para as 13:00 quando o caixão carregado a ombro por seis militares entrou nos claustros.
Com visível dificuldade, os militares subiram para o 'palco' instalado no centro dos claustros e aí colocaram a urna, coberta com a bandeira nacional.
Depois de se ouvir o hino nacional, João Soares, filho do antigo Presidente da República, fez a primeira intervenção da cerimónia.
Isabel Soares: “Até sempre querido pai”
Foi com um testemunho emocionado e embargado em lágrimas que Isabel Soares se despediu do seu pai, Mário Soares. "O pai era para o João e para mim o nosso herói", começou por dizer Isabel Soares que lembrou ter sido ele a ensinar "a não termos medo do escuro nem do mar".
Isabel prosseguiu dizendo que "o pai ensinou-nos a amar-mos a vida", sublinhando que a decisão de ouvir a voz da mãe, Maria Barroso, e mulher de Soares nesta homenagem se deve ao facto de se ter tratado de "uma companheira exemplar". "O nosso pai nunca teria feito o que fez, nem chegado onde chegou" sem "a presença dessa mulher admirável, que foi a sua"
"Não sei como vamos viver sem si", disse ainda Isabel Soares que deixou uma garantia: "Honraremos a sua memória, manteremos viva a sua memória, o seu legado e a sua fundação".
"Até sempre querido pai", concluiu.
João Soares lembra “coragem, determinação e audácia” do pai
O filho de Mário Soares fez uma intervenção emocionada na cerimónia fúnebre do ex-Presidente da República, em que lembrou os tempos difíceis de prisão, deportação e exílio, e recordou a "força de ânimo" que sempre exibiu, mesmo perante as dificuldades.
João Soares fala em "respeito, admiração e ternura" pelo pai, Mário Soares
João Soares é o primeiro a discursar, fazendo questão de "deixar, enquanto filho, um testemunho de respeito, admiração e ternura" por Mário Soares, sentimentos estes "que nada quebrou ao longo de toda uma vida".
Discurso de Soares
No Claustro dos Jerónimos ouve-se agora parte do discurso proferido por Mário Soares aquando da assinatura do tratado de adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE).
Ouve-se o hino nacional nos Jerónimos
Ouve-se o hino nacional nos Jerónimos.
Urna de Soares no claustro
A urna que transporta os restos mortais de Mário Soares entrou agora no Claustro do Mosteiro dos Jerónimos.
Presidente Marcelo também chegou aos Jerónimos
O Presidente da República já está nos Jerónimos. Marcelo Rebelo de Sousa irá agora sentar-se na primeira fila da assistência, onde se encontram também os filhos de Mário Soares e os outros três presidentes democraticamente eleitos, Ramalho Eanes, Jorge Sampaio e Cavaco Silva.
Rei de Espanha já chegou
Continuam a chegar aos Jerónimos várias altas individualidades. Agora foi a vez de também Felipe VI, rei de Espanha, chegar.
Schulz e Jospin já chegaram aos Jerónimos
Martin Schulz, ainda presidente do Parlamento Europeu, e Lionel Jospin, ex-primeiro-ministro francês, já chegaram ao Mosteiro dos Jerónimos para participarem na despedida final a Mário Soares. Entretanto também Michel Temer, presidente do Brasil, chegou aos Jerónimos.
Presidente do Brasil elogia "figura exponencial" e "grande português"
O Presidente do Brasil afirmou esta terça-feira, em Lisboa, que Mário Soares foi "uma figura exponencial, mais do que portuguesa, internacional", que "intensificou as relações" entre os dois países.
"A conjugação histórica entre Brasil e Portugal, que vem naturalmente de há muito tempo, foi reforçada no período que o antigo primeiro-ministro, Presidente e deputado intensificou enormemente as relações com o nosso país", afirmou Michel Temer, no final de um encontro com o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, no palácio de Belém.
Gonzalez lembra amigo de mais de 40 anos como "um democrata com convicções"
O ex-presidente do Governo espanhol e ex-líder do PSOE, Felipe Gonzalez, recordou esta terça-feira o amigo de mais de 40 anos salientando que Mário Soares era "um democrata com convicções" que sempre defendeu a liberdade e democracia.
"Mário tinha uma personalidade muito coerente desde o ponto de vista de lutador da liberdade e democracia e também de ser um lutador pela justiça social. Os tempos mudam, mas os princípios, as convicções e metas, permaneceram importantes", afirmou Felipe Gonzalez aos jornalistas.
Schulz considera antigo chefe de Estado uma figura emblemática da democracia
"Para os socialistas democratas europeus este é um dia triste, em que nos despedimos de um dos líderes mais importantes do nosso movimento na segunda metade do século XX", declarou Martin Schulz no final de um encontro com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa no palácio de Belém.
O antigo Presidente português Mário Soares "foi um dos principais defensores do desenvolvimento da democracia e da inclusão da democracia portuguesa no sistema democrático europeu", afirmou.
"A cooperação e interajuda entre países livres e democráticos é a resposta necessária no século XX e XXI para o desenvolvimento mundial e esta ideia inspirou profundamente Mário Soares", sublinhou.
Trânsito condicionado a partir das 13:00
O cortejo parte do Mosteiro dos Jerónimos para o Cemitério dos Prazeres, com breves paragens previstas em frente ao Palácio de Belém, à Assembleia da República, Fundação Mário Soares e à sede do Partido Socialista, no Largo do Rato.
Além dos condicionamentos de trânsito, na terça-feira, o estacionamento será proibido na Rua do Comércio (junto à Praça do Município), na zona envolvente ao Mosteiro dos Jerónimos e na Praça São João Bosco.
Filipe, Temer e Schulz no funeral de Mário Soares
O funeral de Mário Soares, que se realiza esta tarde em Lisboa, vai contar com a presença do chefe de Estado de Espanha, Filipe VI, e do presidente do Brasil, Michel Temer. Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, também estará presente, enquanto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai fazer-se representar pelo comissário Carlos Moedas. O funeral contará ainda com a presença de vários governantes de países africanos de língua portuguesa.
O Presidente da República vai receber, em audiência, Martin Schulz, às 10:30, Michel Temer às 11:00 e Filipe VI às 11:30. Ao meio-dia, Marcelo Rebelo de Sousa receberá os restantes individualidades estrangeiras que vão marcar presença no funeral de Mário Soares.
Caças F-16 vão sobrevoar os Jerónimos quando a urna abandonar o edifício
A Força Aérea informou esta terça-feira que uma esquadrilha de seis aviões F-16 vão sobrevoar o Mosteiros dos Jerónimos no momento em que a urna com o antigo Presidente Mário Soares sair em direção em ao cemitério dos Prazeres.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Força Aérea Portuguesa explicou que a passagem aérea irá ocorrer quando a urna abandonar os Jerónimos.
Portas dos Jerónimos fecharam ao público às 11:00
As portas do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, fecharam ao público às 11:00 depois de centenas de pessoas terem passado esta manhã pela Sala dos Azulejos para prestarem homenagem ao antigo Presidente da República Mário Soares.
A câmara ardente esteve aberta ao público desde as 08:00 até às 11:00 e duas horas depois a urna será transportada para os claustros do Mosteiro, para a realização de uma sessão solene evocativa de homenagem.
O início da sessão está agendado para as 13:00, nos claustros do edifício manuelino, com diversas interpretações musicais por parte do coro e da orquestra do Teatro Nacional de São Carlos, além de "A Portuguesa" no princípio e no final, antes do início do cortejo fúnebre rumo ao cemitério dos Prazeres.
A seguir ao hino nacional, ecoará através da instalação audiovisual a voz de Soares, seguindo-se uma intervenção do filho, João. Ouvir-se-á depois a voz de Maria Barroso, antes da intervenção da filha, Isabel.
Após a intervenção de Isabel Soares, diretora do Colégio Moderno, terá lugar um momento musical com uma peça do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart.
Em seguida, através de um vídeo de cerca de 10 minutos, gravado durante a atual viagem de Estado à Índia, o primeiro-ministro, António Costa, vai homenagear o fundador do PS.
Nova interpretação, desta feita de uma obra do compositor britânico Edward Elgar, e discursará em seguida o presidente da Assembleia da República, o também socialista e ex-líder "rosa", Eduardo Ferro Rodrigues.
Finalmente, a intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, será a última evocação do evento, antecedida por outro momento musical da autoria do compositor francês Gabriel Fauré.
Pelas 14:00, a urna sairá dos Jerónimos, seguindo no armão da GNR em cortejo com batedores da PSP, guarda a cavalo da GNR e outras viaturas que levam a família e altas entidades.
O cortejo fará breves paragens no Palácio de Belém, Assembleia da República, Fundação Mário Soares e sede do PS no Largo do Rato, antes de chegar ao cemitério dos Prazeres.
Mário Soares morreu no sábado, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. O Governo português decretou três dias de luto nacional, até quarta-feira.
Bruno de Carvalho: "Se hoje vivemos em liberdade isso devemos a Mário Soares"
Bruno de Carvalho foi uma das figuras públicas que está manhã passou pelo Mosteiro dos Jerinimos para homenagear o ex-presidente da República.
"Se hoje vivemos em liberdade isso devemos a Mário Soares e é importante termos essa noção", afirmou à saída em declarações aos jornalistas.
"É uma homenagem a nível pessoal, a nível familiar. Como toda a gente sabe, com o meu tio-avô, Pinheiro de Azevedo, [Soares] teve vários episódios nesta construção da democracia. Fui vivendo isso muito jovem. Fui vivendo isso lá dentro. Esses episódios foram-me também moldando enquanto pessoa, enquanto carácter", disse.
Bruno Carvalho salientou que está foi "uma homenagem a título pessoal' mas que veio "em representação da família, em representação do Sporting e concerteza dos sportinguistas."
O presidente leonino revelou ainda que "neste momento a Liga está a preparar uma série de coisas" para homenagear Soares. "Que seja algo em conjunto. Temos de começar a apreender a fazer coisas em conjunto. Nestes acontecimentos que marcam o país, que marquem também um momento novo de se fazer coisas em conjunto. Não é uma coisa que se deva fazer em separado. Mário Soares merecia que fizéssemos em conjunto".