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Eduardo Cabrita "respeita" decisão da ministra da Administração Interna

O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, disse hoje que "respeita profundamente" a decisão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, de se demitir.

Miguel Baltazar/Negócios
18 de Outubro de 2017 às 19:39
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"Eu respeito profundamente. Manifesto toda a solidariedade pessoal com a minha colega do Governo e a minha amiga professora Constança Urbano de Sousa e respeito, respeito aquilo que foi a sua opção", disse Eduardo Cabrita aos jornalistas, na Guarda, ainda antes de ser oficial a sua nomeação precisamente para a pasta da Administração Interna.

 

O governante falava no final de uma reunião realizada nos Paços do Concelho da Guarda com autarcas dos municípios de Guarda e Sabugal, que foram afectados pelos incêndios que deflagraram no domingo e na segunda-feira.

 

O autarca de Pinhel, Rui Ventura (PSD), que também estava convocado para a reunião, mas devido ao atraso de mais de uma hora com que Eduardo Cabrita chegou à Guarda não participou no encontro por motivos de agenda, disse à agência Lusa que a demissão da ministra "peca por tardia".

 

"Acho que pecou por tardia, até porque tinha que tirar responsabilidades logo quando foi o incêndio de Pedrógão", disse Rui Ventura, acrescentando que, "o país não precisava de um relatório para perceber que a responsabilidade era política" e "tinha que ser assumida a responsabilidade política também".

 

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro (PSD), disse à Lusa que a ministra Constança Urbano de Sousa "já estava demitida antes de se demitir".

 

"Eu não vou comentar os tempos das demissões ou das remodelações, isso é uma competência exclusiva do primeiro-ministro. Agora, na verdade, quando se tem um Governo que se deixa arrastar e se deixa com isso, alguns dos seus membros do Governo, a ir perdendo força aos olhos dos portugueses, também isso ajuda a diminuir a confiança no Estado. Foi um erro profundo", afirmou.

 

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, apresentou um pedido de demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, anunciou hoje o gabinete de António Costa.

 

Constança Urbano de Sousa diz na carta de demissão enviada ao primeiro-ministro que pediu para sair de funções logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande, dando tempo a António Costa para encontrar quem a substituísse.

 

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 42 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

 

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em Junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

 

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