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Eanes: "Este Governo está fragilizado porquê?"

Ramalho Eanes acredita que o Governo está em plenas funções. Mas fala da saída de Vítor Gaspar como um rude golpe para o Executivo.

Correio da Manhã
16 de Julho de 2013 às 23:13
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Este Governo "está fragilizado porquê?". A resposta com uma pergunta foi feita por Ramalho Eanes em entrevista à RTP, onde expressou a sua opinião de que "o Governo é um Governo em plenas competências e tendo plenas competências tem todos os instrumentos de acção para desenvolver o seu trabalho".

 

Não comenta em concreto as remodelações ou o poder do CDS dentro do Governo. Mas vai dizendo ter dúvidas que se conseguisse com o actual Governo a reforma do Estado, que diz ser indispensável."Mas temos de fazer a reforma segundo o nosso ritmo, ao ritmo que a nossa sociedade permite, não podemos andar depressa demais", disse o ex-Presidente que não acredita em golpes de Estado em Portugal. 

 

Na análise ao actual Governo, Ramalho Eanes diz que teve um trabalho importante e com significado na vertente externa, mas "sofreu um golpe muito rude com saída do ministro Gaspar". Elogia Vítor Gaspar no trabalho externo mas aponta falhas ao nível interno e acredita que perdeu a credibilidade - lembra que foi o próprio ex-ministro que falou dessa perda de credbilidade na carta de demissão.

 

"Este governo encontrou um problema enorme, herdou um problema enorme. E para responder tinha de adoptar medidas austeridade e adoptou-as. E, em meu entender, o senhor ministro das Finanças optou por uma via estratégica estranha", ao actuar "com marca ideológica" sobre os reformados e função pública. Ramalho Eanes ainda critica Vítor Gaspar por não ter adoptado "uma austeridade expansiva".

 

"A austeridade era indispensável, mas não foi expansiva". Os erros nas previsões também ajudaram a descredibilizar Vítor Gaspar e o primeiro-ministro "tinha, coitado, de apoiar a acção do ministro finanças".

 

Ramalho Eanes acredita que um acordo entre partidos que vá no sentido de se renegociar o acordo com a troika dará mais força nas negociações. E lembrando que disse há dois anos que Portugal tinha de cumprir o acordo, vai agora dizendo que "julgo que é necessário renegociar" o memorando. 

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