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Dijsselbloem: "É prematuro dizer que Lisboa vai deixar o programa"
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, considerou que "é prematuro dizer se Lisboa vai deixar o programa" de ajustamento, acrescentando que abrir uma linha preventiva de crédito é "uma opção" para o caso português.
O também ministro das Finanças da Holanda foi entrevistado na quarta-feira por cinco jornais europeus, incluindo o espanhol El País, que refere na edição desta quinta-feira que a solução final para o caso português ainda não está decidida.
"É prematuro dizer se Lisboa, por exemplo, pode deixar o programa. Uma linha de crédito preventiva por parte o mecanismo de resgate é uma opção, mas ainda é cedo. É possível algum tipo de programa preventivo, se for necessário", afirmou Dijsselbloem.
Também o diário alemão Süddeutsche Zeitung avança, numa entrevista divulgada na edição online de hoje, que o presidente do Eurogrupo mostrou algumas reservas quanto à conclusão do programa de ajustamento português, previsto para Junho de 2014.
"Ainda é muito cedo para se poder dizer se Portugal vai conseguir acabar o programa. Depois dos últimos meses, das turbulências políticas e da consequente agitação nos mercados financeiros, todos estão um pouco mais cautelosos ao fazer prognósticos", afirmou Jeroen Dijsselbloem.
Para o responsável europeu, "a perspectiva de a Irlanda concluir o programa é actualmente mais forte do que a de Portugal".
O presidente do Eurogrupo disse ainda, na entrevista avançada pelo El País, que "o maior risco da Europa é a instabilidade política" e não os problemas económicos.
"Cada vez que há instabilidade política paralisam-se as reformas: vimos isso na Grécia, em Portugal, em Itália", afirmou.