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David Cameron pretende manter-se no Governo até 2020

O primeiro-ministro britânico disse que pretende manter-se no cargo até 2020 para prosseguir as reformas em curso incluindo uma renegociação das relações entre a Grã-Bretanha e a União Europeia (UE), noticia a agência France Press.

David Cameron defende "Big Brother" na Internet e nos e-mails da população britânica
06 de Janeiro de 2013 às 16:20
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Numa série de entrevistas concedidas à imprensa britânica - um dia antes revisão do programa do Governo de coligação a meio do mandato deste, marcado para segunda-feira -, David Cameron defendeu uma medida "bastante impopular" que consiste em retirar benefícios a crianças de famílias com rendimentos mais elevados.

 

Em entrevista ao Sunday Telegraph, o chefe do Governo britânico referiu que pretende que o Partido Conservador vença as eleições de 2015 e que cumpra o mandato de cinco anos.

 

"Pretendo concorrer às próximas eleições, vencê-las e continuar a servir o país - é isso que quero fazer".

 

Já sobre uma eventual tensão prevista para meados de Janeiro entre a Grã-Bretanha e a União Europeia, o chefe do Governo britânico disse que o seu partido irá oferecer aos eleitores uma "escolha real" nas eleições de 2015.

 

O governante acrescentou que qualquer decisão sobre as relações entre a Grã-Bretanha e a União Europeia só acontecerá após aquele ato eleitoral e recusou pronunciar-se ou desenhar cenários sobre a manutenção ou não do seu país na UE.

 

"As pessoas não devem ter dúvidas de que, nas próximas eleições, os conservadores lhes darão uma opção real e uma verdadeira possibilidade de a consentirem ou não", referiu Cameron, numa entrevista à BBC TV.

 

Nessa entrevista, acrescentou que a Grã-Bretanha pretende continuar como membro pleno da UE.

 

"Se não pertencêssemos à UE, continuaríamos a negociar com todos os países que integram a comunidade, mas não teríamos qualquer palavra a dizer sobre as regras do mercado para o qual vendíamos", justificou.

 

Contudo, recordando que os países do euro foram forçados a fazer alterações para fortalecerem a moeda, defendeu que a Grã-Bretanha tem "todo o direito" de exigir alterações na condição de membro da UE.

 

No que respeita ao fim de benefícios para os filhos de casais com rendimentos mais altos, David Cameron reafirmou a intenção de manter o corte nos casos em que um dos pais aufira mais de 60 mil libras (cerca de 74.000 euros).

 

Cameron justificou a decisão com a necessidade de proceder a cortes para conter o défice, argumentando: "Não estou a dizer que essas pessoas são ricas, mas penso que é justo que contribuam".

 

"Isto representa dois mil milhões de libras por ano. Se não obtivermos esta verba dessas pessoas -- que representam 15 por cento da população -- teremos que encontrar outra fonte para obter a mesma receita", frisou.

 

Na entrevista à BBC, Cameron comprometeu-se ainda a "lutar" para manter as ilhas Malvinas, cuja soberania é reclamada pela Argentina.

 

Em 2 de Abril de 1982, a Argentina e a Grã-Bretanha entraram em guerra pela posse das Malvinas depois de militares argentinos terem ocupado as ilhas, um conflito que terminou a 14 de Julho do mesmo ano, com a rendição dos militares argentinos.

 

Desde 2012, quando se cumpriram 30 anos sobre o conflito bélico entre os dois países, que as relações bilaterais vivem momentos de tensão, já que a Argentina insiste em reclamar a soberania do arquipélago.

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