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Crise diplomática entre Portugal e Guiné-Bissau aumenta de tom

A crise diplomática entre Portugal e a Guiné-Bissau aumentou de tom esta quinta-feira, com o ministro da Presidência a acusar Portugal de tomar partido na política interna do país. Declaração de Cavaco foi “infantil” e Machete foi “infeliz, como no caso de Angola”, disse Fernando Vaz, ministro de Estado e da Presidência da Guiné-Bissau

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Dezembro de 2013 às 09:27
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O ministro de Estado e da Presidência da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, criticou a posição assumida pelo Governo português e o Presidente da República, relativamente ao caso do embarque dos cidadãos sírios num voo da TAP para Portugal com passaportes falsos.

 

Fernando Vaz criticou o comunicado emitido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Rui Machete, que considerou “inaceitável” o incidente em Bissau em comunicado emitido pelo ministério a 24 de Dezembro.

 

Para o ministro Fernando Vaz, “este foi um incidente comercial”, que não justifica a intervenção de políticos portugueses. Em declarações à SIC Notícias citadas pela Rádio Renascença e pela TSF, o responsável criticou a postura do Governo português. Cavaco também foi visado pelo governante guineense, que considerou "infantil" a reacção do Presidente da República.

 

Para o ministro da Presidência da Guiné-Bissau, Portugal está a tomar partido pelo antigo primeiro-ministro do país, Carlos Gomes Júnior, cujo governo foi deposto em final de mandato, num golpe de Estado militar que teve lugar há mais de um ano e meio.

 

“Portugal apoiou sempre o ex-primeiro-ministro e não reconhece o actual governo de transição, onde o partido do ex-primeiro-ministro, PAIGC, tem cinco ministros”, disse, Fernando Vaz.

 

O governante guineense afirmou ainda que o aeroporto de Bissau, para onde a TAP suspendeu os voos a partir de dia 11 de Dezembro e de onde irá retirar os voos especiais entre Dakar e a Guiné, a partir do final do ano, é seguro.

 

As culpas no incidente do embarque de cidadãos sírios com passaportes falsos são partilhadas, referiu, dizendo que é “um disparate” reclamar condições num aeroporto que tem o parecer positivo das autoridades internacionais de aviação. Há fragilidades no processo de embarque da TAP em Bissau, disse.

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