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Costa tira foto de família com os 58 membros do Governo

O primeiro-ministro vai reunir toda a equipa governativa para fazer o balanço dos primeiros seis meses de Governo. No final, fará uma intervenção.

Miguel Baltazar/Negócios
26 de Maio de 2016 às 08:21
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António Costa vai reunir no Palácio da Ajuda, em Lisboa, todos os ministros e secretários de Estado esta quinta-feira, naquele que é o primeiro dos quatro feriados repostos pelo seu Governo. A intenção é assinalar os seis meses de mandato do XXI Governo Constitucional.

Além de pousarem para a tradicional fotografia de família, os 58 governantes, dos quais 17 são ministros, farão o balanço dos primeiros seis meses do ano. A reunião arranca por volta das 16h, estando prevista uma intervenção do primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros.

Em jeito de antecipação, o líder da oposição convocou esta quarta-feira a comunicação social para apresentar o seu próprio balanço. Pedro Passos Coelho acusou o Governo de seguir uma estratégia económica errada e de ceder às exigências da "sua base de apoio radical", ao mesmo tempo que denunciou a "deterioração das condições democráticas da vida política" portuguesa.

Nestes primeiros seis meses, há a assinalar três baixas no Governo. O ministro da Cultura João Soares, e o seu secretário de Estado, que se demitiu na sequência de uma polémica troca de palavras, e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que saiu em choque com o ministro da Educação. 

"Este é o tempo da reunião"

 

Em Novembro, quando assumiu o compromisso de honra de cumprir "com lealdade" as funções de chefia do XXI Governo Constitucional, António Costa prometeu uma acção moderada do Governo, manifestando confiança na solidariedade da maioria parlamentar que o sustentava.

 

"Este é o tempo da reunião. Não é de crispação que Portugal carece, mas sim de serenidade. Não é altura de salgar as feridas, mas sim de sará-las", declarou, num apelo à pacificação da vida política nacional, depois da crise política desencadeada pela queda do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, através da aprovação de uma moção de rejeição aprovada pelo PS, BE, PCP, PEV e PAN.

 

Na sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu ainda que Portugal não progride "com radicalizações" e prometeu que "a conduta do XXI Governo pautar-se-á pela moderação".

 

O programa do executivo, referiu ainda, seria uma "alternativa à vertigem austeritária", mas "uma alternativa realista, cuidadosa e prudente".

 

"Que não fique a mínima dúvida: Este é um governo confiante. Confiante, antes de mais, no seu projecto mobilizador do país e na solidariedade da maioria parlamentar que lhe manifestou apoio e lhe confere inteira legitimidade", frisou, lembrando ainda que é perante a Assembleia da República que o executivo responde politicamente.

 

Antes de António Costa, o então Presidente da República Aníbal Cavaco Silva tinha feito um discurso menos confiante, admitindo continuar com dúvidas nos acordos subscritos pelo PS, BE, PCP e PEV quanto à estabilidade política e durabilidade do Governo.

 

Fora do Palácio da Ajuda, o então candidato a Belém e actual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, assinalava o virar de uma página e o início de um novo ciclo no Governo e na Presidência da República.

 

Passados seis meses, Marcelo Rebelo de Sousa faz votos para que exista estabilidade política até ao final da legislatura.

 

"Veremos aquando das eleições autárquicas o que se passa ou não. O meu desejo é que as autárquicas não venham interromper a governação, mas vamos esperar", afirmou na quarta-feira, sublinhando que "o desejável é estabilidade até ao final da legislatura".

 

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