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Costa recusa qualquer "clima de confrontação" entre a esquerda

O primeiro-ministro recusa andar num "pingue-pongue" com o PSD. Mas lembra que não tem dado trabalho ao Tribunal Constitucional. Não há qualquer problema na solução governativa existente no país, diz António Costa.

Krisztian Bocsi/Reuters
09 de Março de 2017 às 11:41
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O primeiro-ministro português recusa a existência de qualquer problema na solução governativa que une o Partido Socialista com o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e Os Verdes. Palavras de António Costa depois de o líder parlamentar do Partido Social Democrata ter dito que não é preciso eleições se a actual maioria não resultar.

 

"Não quero continuar a alimentar este pingue-pongue com o PSD e nem vou contribuir para andar a alimentar esta estratégia da criação de um clima artificial de confrontação que não existe na sociedade portuguesa", afirmou o líder do Executivo aos jornalistas, em Bruxelas, onde se realiza esta quinta e sexta-feira o Conselho Europeu, que deverá reeleger Donald Tusk como presidente.

 

Segundo António Costa, tudo está a correr bem entre os partidos: "O país tem hoje uma maioria que funciona, tem estabilidade política, tem um excelente relacionamento entre os diferentes órgãos de soberania". "Tudo decorre normalmente", continuou, acrescentando que há acordos de concertação social e que os "níveis de confiança estão num recorde desde 2000".

 

Luís Montenegro afirmou hoje à Antena 1 que, falhando a união entre PS, BE, PCP e PEV, não é preciso realizar eleições antecipadas porque os socialistas poderão apoiar um Governo liderado pelo PSD.

 

Nesta declaração em Bruxelas, o primeiro-ministro acabou por deitar uma farpa ao maior partido da oposição, devido às medidas do anterior Governo PSD/CDS que chocaram com a Constituição. "Nunca o Tribunal Constitucional teve tão pouco trabalho e não há um único caso de inconstitucionalidade ao longo do ano".

 

Declarações feitas apesar de o próprio Tribunal Constitucional ter alertado o Parlamento, na semana passada, para os problemas de falta de recursos físicos e pessoais para cumprir o seu trabalho, nomeadamente na fiscalização dos partidos. 

António Costa fala hoje na existência de crispação entre a esquerda após uma sessão plenária, na Assembleia da República, em que foram intensas as palavras de confronto entre o próprio e o antecessor, Pedro Passos Coelho. 

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