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Montenegro: “Não é preciso eleições antecipadas se a geringonça não se aguentar”
Se a base política ao Governo falhar não é necessário haver eleições antecipadas. Em entrevista à Antena 1, o líder parlamentar do PSD sugere que o PS apoie um novo governo “liderado por quem ganhou as eleições”.
Se falhar a base política deste Governo, não é obrigatório que haja eleições antecipadas. Em entrevista à Antena 1, o líder parlamentar do PSD sugere que, nesse caso, se forme um novo governo "liderado por quem ganhou as eleições" e apoiado pelo PS.
"Eu presumo que sim", que a geringonça se vai aguentar, "mas mesmo que não se aguentasse isso não significa de per si que haja eleições antecipadas", afirmou. "O quadro parlamentar permite outros ajustamentos, desde que haja vontade política dos partidos. Não lhe estou a dizer que vai haver, nem que estou a contar com isso, estou a dizer que para haver eleições antecipadas devem esgotar-se os quadros todos".
Isso significa que uma eventual crise na actual maioria parlamentar que apoia o Governo não levará necessariamente a eleições antecipadas", disse então Poiares Maduro para quem, nessa circunstância, "o Presidente deve procurar uma alternativa no actual quadro parlamentar".
Marcelo foi "infeliz" na resposta a Teodora Cardoso
O líder parlamentar do PSD considera que Marcelo Rebelo de Sousa foi "deselegante e infeliz" sobre Teodora Cardoso. Depois de a presidente do Conselho de Finanças Públicas ter afirmado que "até certo ponto, houve" um milagre na redução do défice, o Presidente da República respondeu que "milagre", este ano, "só o de Fátima".
Luís Montenegro afirma que ainda é possível que o PSD ganhe as eleições autárquicas – sem revelar nomes – apesar de reconhecer que "a cada semana que passa" sem candidato "a dificuldade aumenta um bocadinho".
O líder parlamentar do PSD desafia Rui Rio a avançar no Congresso depois das autárquicas.
"O Dr. Rui Riu já sinalizou que poderá vir a ter essa disponibilidade". "E o que eu desejo é que se fizer essa avaliação avance mesmo. Eu acho que é muito positivo que o PSD possa confrontar quer protagonistas quer projectos nas alturas certas para depois não se ficar a queixar das decisões que tomou".
"A cada semana que passa a dificuldade aumenta um bocadinho, é a lei da vida. Quem está na oposição e pretende derrubar, democraticamente falando, quem está no poder, quem precisa de ir à procura de uma confiança que não teve nas últimas eleições é evidente que precisa de tempo" para colocar as suas ideias em debate e mobilizar os eleitores.
Na mesma entrevista o líder parlamentar revela que o PSD vai apresentar uma proposta de redução de deputados que dispense revisão constitucional: 181. Os pormenores, que passam pela aposta no voto preferencial e a reestruturação do número de círculos eleitorais, ainda estão a ser definidos.