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Costa promete vacinação das crianças entre 12 e 17 anos até 19 de setembro

O Governo vai esta quarta-feira ao Parlamento para debater o Estado da Nação. A resposta à pandemia, os casos de justiça e a situação económica do país são alguns dos temas que se espera que venham a ser discutidos.

Mariline Alves
O primeiro-ministro promete ter tudo preparado para que as crianças entre os 12 e os 17 anos possam receber a vacina contra a covid-19 até 19 de setembro, "a tempo do início do próximo ano letivo". A garantia foi deixada esta quarta-feira, 21 de julho, no debate do Estado da Nação, que decorre na Assembleia da República.

António Costa sublinhou que a primeira prioridade que ressalta da pandemia é "completar o processo de vacinação", porque o país está "numa corrida contra o tempo", entre o progresso da vacinação e o surgimento de mais variantes da doença.

Depois de renovar a garantia de que em meados de agosto 73% da população adulta terá a vacinação completa e 82% pelo menos a primeira dose administrada, defendeu que "é tempo de alargar a nossa ambição e de garantir também a proteção das crianças e dos jovens".

"Vamos fazê-lo atempadamente de modo a que o novo ano letivo se possa iniciar sem interrupções no ensino presencial", prometeu.

O primeiro-ministro disse que ainda espera uma decisão da Direção-geral de Saúde sobre esta questão, mas que "tudo está preparado para que nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro possam ser administradas as duas doses de vacina aos jovens entre os 12 e os 17 anos", envolvendo 570 mil crianças.

As outras prioridades prendem-se com o reforço do Serviço Nacional de Saúde, das aprendizagens, com a regulação do teletrabalho e o combate à precariedade, e ainda promover a recuperação económica.

No que diz respeito ao SNS, o primeiro-ministro disse querer avançar com o regime de dedicação plena dos médicos ao serviço público e colocou como meta abrir
500 camas de cuidados continuados e 400 de cuidados paliativos. Nas aprendizagens, Costa falou de um investimento de 900 milhões de euros nos próximos dois anos, para evitar as marcas da pandemia.

Quanto ao mercado de trabalho, o primeiro-ministro assegurou que quer combater o trabalho precário. Costa diz que a 
pandemia revelou "formas chocantes de esconder verdadeiras relações de trabalho" e defendeu que todo este trabalho "tem de ser reconhecido com a necessária proteção e dignidade".

Por fim, no que diz respeito à recuperação da economia, disse ter um total de "40 mil milhões de euros para a recuperação da economia", entre o Programa de Recuperação e o Portugal 2030.


Costa reforçou ainda a importância de avançar nas agendas estratégicas como o "desafio demográfico e o combate às desigualdades", a digitalização da economia e a transição climática. Disse estar confiante no cumprimento da meta de realojar 26 mil famílias até 25 de abril de 2024, dando nota de 71 acordos para estratégias locais de habitação fechados com os municípios e outros 180 planos em preparação.

Assegurou que os recursos para a digitalização aumentaram em 70% e que os recursos para melhorar as qualificações triplicaram.

(Notícia atualizada com mais informação às 15:46)

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