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BE lamenta SNS “exaurido” e demoras do Governo na contratação

Catarina Martins acusa ainda o Governo de ter uma preocupação nova com combate ao trabalho precário, pedindo rapidez na ação.

Tiago Petinga
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A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defende que o número de contratações previsto não chega para dar resposta às necessidades de um Serviço Nacional de Saúde (SNS).

 

"O SNS vai precisar mais do que tínhamos pensado. O que o Governo propõe não chega", afirmou no debate do Estado da Nação, concretizando que o investimento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) já estava previsto antes da pandemia.

 

A bloquista lembrou a recente vaga de saídas de profissionais do SNS, dizendo que as intenções do Governo "já vêm tarde e não podem ser adiadas". Para Catarina Martins, o Governo quer "acabar a pandemia" com o mesmo número de trabalhadores no SNS "que já eram necessários antes da pandemia".

 

António Costa tinha afirmado que houve um aumento de 24% no número de profissionais no SNS, com "mais 5.820 médicos e 10 mil enfermeiros do que no governo do PSD".

 

Catarina Martins acusa ainda o Governo de estar agora preocupado com o trabalho precário quando "deixou tudo morrer na concertação social", pedindo rapidez na entrada em vigor das medidas. A bloquista propôs ainda ao Governo que prolongue, pelo menos até ao final do ano, o subsídio social de desemprego ou o apoio extraordinário para a redução de atividade (AERT).

 

Em resposta, António Costa garantiu que não existiu transferência de um lado para o outro no PRR no que respeita aos reforços na saúde. "Não é mais do mesmo. É acrescentar, reforçar", afirmou. O primeiro-ministro concretizou que, com a integração dos contratos precários, haverá mais quatro mil profissionais no SNS neste ano. Já sobre as questões do trabalho precário, garantiu que "não é de agora a preocupação".

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