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PCP pede respostas ao Governo sobre salários, precariedade e moratórias
Jerónimo de Sousa quer ver compromissos da parte do primeiro-ministro em como vai promover a subida dos salários, combater a precariedade e trazer respostas para o fim das moratórias. Costa diz que se for preciso aumenta apoios.
"As desigualdades são problemas criados e agravados por décadas de política de direita", defendeu Jerónimo de Sousa, acusando o grandes grupos económicos de se estarem a aproveitar da pandemia para cortar salários sob ameaça do desemprego.
Jerónimo de Sousa manifestou-se também preocupado com o "fim abrupto" das moratórias, previsto para setembro, acusando o Governo de não demonstrar vontade de resolver o problema.
Na resposta, António Costa reafirmou que o objetivo do Governo "não é congelar salários", até porque já no ano passado o Executivo decidiu a subida do salário mínimo nacional. Disse também que no âmbito da negociação do subsídio de risco para as forças de segurança está a ser negociada uma valorização das posições de entrada na carreira, o que contribui para a valorização geral dos salários, argumentou.
Quanto ao combate à precariedade, Costa remeteu a questão para as discussões na especialidade da proposta do PCP, sugerindo que haverá também propostas socialistas sobre este ponto. E sobre as moratórias defendeu que neste momento não há indicação de que sejam precisas mais medidas, seja para as famílias, seja para as empresas, que já têm um enquadramento legal. Mas, "se for necessário, tomaremos as medidas necessárias para que ninguém fique para trás nesta crise", prometeu.