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PCP pede respostas ao Governo sobre salários, precariedade e moratórias

Jerónimo de Sousa quer ver compromissos da parte do primeiro-ministro em como vai promover a subida dos salários, combater a precariedade e trazer respostas para o fim das moratórias. Costa diz que se for preciso aumenta apoios.

Mário Cruz
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, quer ver compromissos da parte do Governo em como vai dar passos para valorizar os salários – em especial o salário mínimo – combater a precariedade e encontrar respostas para o fim das moratórias. No debate do Estado da Nação, o primeiro-ministro voltou a apontar para a subida do salário mínimo e prometeu que se for preciso aumenta os apoios para lidar com o fim das moratórias.

"As desigualdades são problemas criados e agravados por décadas de política de direita", defendeu Jerónimo de Sousa, acusando o grandes grupos económicos de se estarem a aproveitar da pandemia para cortar salários sob ameaça do desemprego. 

"Que medida vai o governo tomar para promover uma política de valorização geral dos salários?" quis saber o deputado comunista, aproveitando para reafirmar a meta do PCP de subir o salário mínimo nacional para 850 euros mensais. "O que vai decidir em relação ao subsídio de risco dos profissionais de segurança?" perguntou ainda. "Vai fechar os olhos à desregulação dos salários?" continuou.

Jerónimo de Sousa manifestou-se também preocupado com o "fim abrupto" das moratórias, previsto para setembro, acusando o Governo de não demonstrar vontade de resolver o problema.

Na resposta, António Costa reafirmou que o objetivo do Governo "não é congelar salários", até porque já no ano passado o Executivo decidiu a subida do salário mínimo nacional. Disse também que no âmbito da negociação do subsídio de risco para as forças de segurança está a ser negociada uma valorização das posições de entrada na carreira, o que contribui para a valorização geral dos salários, argumentou.

Quanto ao combate à precariedade, Costa remeteu a questão para as discussões na especialidade da proposta do PCP, sugerindo que haverá também propostas socialistas sobre este ponto. E sobre as moratórias defendeu que neste momento não há indicação de que sejam precisas mais medidas, seja para as famílias, seja para as empresas, que já têm um enquadramento legal. Mas, "se for necessário, tomaremos as medidas necessárias para que ninguém fique para trás nesta crise", prometeu.

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