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Costa promete ao PCP e BE seguir "o mesmo caminho" e com a "mesma companhia"

O líder do PS respondeu às dúvidas do PCP e do BE sobre um eventual Bloco Central no futuro, com a promessa de "seguir o mesmo caminho" na maioria com a "mesma companhia" de há dois anos.

23 de Janeiro de 2018 às 00:50
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António Costa usou o discurso aos deputados, no jantar de segunda-feira à noite nas jornadas parlamentares do PS, em Coimbra, para responder às dúvidas dos seus parceiros na maioria parlamentar, PCP e Bloco de Esquerda, que no domingo alertaram para o risco de entendimentos entre o PS e o PSD, que será liderado pelo candidato eleito Rui Rio, após o congresso de 19 de Fevereiro.

 

Com algum humor à mistura, o primeiro-ministro lembrou os bons resultados obtidos pelo Governo que tem apoio parlamentar no PCP, BE e PEV e fez duas perguntas. "Quando se pergunta, o que fazer? Em primeiro lugar, quando se está no bom caminho, só há uma coisa a fazer: é não mudar de caminho", respondeu. "Quando se está bem acompanhado, o que se faz? Não se muda de companhia", respondeu mais uma vez.

 

Daí que a conclusão tenha sido simples e aponte para a manutenção dos entendimentos com bloquistas e comunistas. "A primeira coisa a fazer não tem nada de muito imaginativo, é simples: seguir o caminho que iniciamos há dois anos, com a companhia com que iniciámos há dois anos", sintetizou.

 

No domingo, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins fizeram vários avisos sobre a eventualidade de, com a eleição de Rui Rio no PSD, um ressurgimento do Bloco Central, a coligação PS-PSD que governou o país entre 1983 e 1985, com Mário Soares a primeiro-ministro.

 

Num discurso curto, António Costa lembrou os resultados obtidos pelo seu executivo minoritário, com o apoio da esquerda parlamentar, ao dizer que se conseguiu baixar o défice, o IVA e "manter os compromissos" com a Europa.

 

Depois de reclamar ter conseguido, no Governo desde 2015, resultados contra a expectativa e "o discurso da direita", Costa enumerou novos objectivos nos dois anos que restam de legislatura: "ainda mais emprego, ainda mais crescimento e ainda mais igualdade".

 

E parafraseou a tese do "bom aluno" europeu, com que Jacques Delors, ex-presidente da comissão europeia, brindava Portugal nos tempos de governação à direita, com Cavaco Silva. "Eles é que diziam que eram os bons alunos e quem elegeu o presidente do Eurogrupo [Mário Centeno]", quase gritou o líder socialista da tribuna do discurso.

 

Da "agenda pesada" do PS no parlamento e do próprio Governo que preside, Costa falou na descentralização de competências para as autarquias, na transparência na política -- dois temas das jornadas --, mas também na reforma da floresta ou no "desafio" do futuro quadro comunitário de apoio.

 

De Rui Rio, novo líder do PSD, o secretário-geral socialista nunca falou, mas mencionou os riscos de um eventual regresso da direita ao poder, considerando que irá penalizar a competitividade "à custa dos baixos salários".

 

No domingo, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins fizeram vários avisos sobre a eventualidade de, com a eleição de Rui Rio no PSD, um ressurgimento do Bloco Central, a coligação PS-PSD que governou o país entre 1983 e 1985, com Mário Soares a primeiro-ministro.

 

Num discurso curto, António Costa lembrou os resultados obtidos pelo seu executivo minoritário, com o apoio da esquerda parlamentar, ao dizer que se conseguiu baixar o défice, o IVA e "manter os compromissos" com a Europa.

 

As jornadas parlamentares do PS terminam esta terça-feira, em Coimbra, com um debate sobre a transparência na política e a descentralização de competências para as autarquias.

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