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Costa: "Estamos no caminho certo"
No Parlamento, o primeiro-ministro comentou os dados do INE conhecidos esta quarta-feira que indicam uma redução do desemprego e a criação líquida de emprego.
O primeiro-ministro disse esta quarta-feira, 10 de Maio, que os dados do mercado de trabalho conhecidos hoje mostram que o Governo está "no caminho certo".
O Instituto Nacional de Estatística divulgou que a taxa de desemprego reduziu-se para 10,1% no primeiro trimestre deste ano.
António Costa, que falava na abertura do debate quinzenal no Parlamento, referiu-se à redução da taxa de desemprego e ainda à criação de "mais de 150 mil postos de trabalho".
"Estes dados indicam-nos que estamos no caminho certo", concluiu o chefe do Executivo lembrando de seguida mais conclusões que retirou dos números conhecidos esta quarta-feira.
Trata-se da "maior criação de emprego desde 1998", disse Costa, acrescentando que houve uma redução do desemprego jovem e um recuo no desemprego de longa duração.
"Ao mesmo tempo que registamos a maior criação de emprego desde 1998, conseguimos uma redução do desemprego particularmente expressiva em dois segmentos críticos da população: os jovens, onde o aumento do emprego atingiu os 8,5%, e os desempregados de longa duração, cuja taxa de desemprego recuou 18,6%", disse António Costa.
O primeiro-ministro defendeu que os números do emprego e do desemprego, apesar de melhores, não deixam o Executivo descansado, mas mostram que a receita do Governo para a economia está a dar resultados. Costa lembrou depois algumas das medidas já adoptadas - como o aumento do Salário Mínimo Nacional para 557 euros este ano.
"O percurso percorrido prova que a devolução de rendimentos às famílias e a reposição de direitos dos trabalhadores não impediram a redução do défice, nem o crescimento económico, nem a criação de emprego, nem o aumento do investimento das empresas, nem a competitividade das exportações que nos últimos trimestres aumentaram, respectivamente, 7,7% e 17%, face aos períodos homólogos", disse António Costa.
No debate, o PSD e o CDS reclamaram parte desta evolução positiva nos dados do emprego. Ambos os partidos defenderam que foram as reformas feitas no mercado de trabalho durante o anterior Governo que permitiram esta recuperação no mercado de trabalho.
"O país está a ver retribuído o esforço de uma reforma", disse Montenegro, acrescentando que "as reformas estruturais não devem ser abandonadas".
Em matéria de legislação laboral, António Costa deu sinais de não querer ir mais além do que está previsto. "A nossa posição consta do Programa de Governo e é conhecida", disse Costa, frisando, porém, que "está a ser criado mais emprego estável. São mais 4,8% de empregos com contratos sem termo e uma redução de 2,1 nos contratos a prazo".
A líder do CDS, Assunção Cristas, salientou que o crescimento do emprego com contrato sem termo está a ser feito com legislação deixada pelo Governo anterior.
(Notícia actualizada às 16:26 com mais declarações)