Notícia
Costa considera que houve casos no Governo que foram "acidentes lamentáveis"
Questionado se considera que está agora num Governo "completamente blindado, à prova de novos casos e 'casinhos'", António Costa respondeu: "Isso eu acho que nem um tanque com o maior grau de blindagem está blindado de incidentes".
16 de Fevereiro de 2023 às 23:11
O primeiro-ministro admitiu esta quinta-feira que houve polémicas no Governo que foram "acidentes lamentáveis", mas que "foram corrigidos", e considerou que os únicos casos "politicamente relevantes" foram os que envolveram Marta Temido e Pedro Nuno Santos.
"Há coisas que foram acidentes lamentáveis, que eu já pedi desculpa, porque eu acho que são lamentáveis, que aconteceram. Foram corrigidos, também acho que, verdadeiramente, não são mais do que isso", afirmou António Costa numa entrevista ao canal televisivo TVI.
O primeiro-ministro considerou que, das polémicas que envolveram o Governo, "houve dois casos que foram politicamente relevantes, que são a saída de dois ministros", em referência à demissão da ex-ministra da Saúde, Marta Temido, e do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Questionado se considera que está agora num Governo "completamente blindado, à prova de novos casos e 'casinhos'", António Costa respondeu: "Isso eu acho que nem um tanque com o maior grau de blindagem está blindado de incidentes".
"Estamos muito focados na execução do nosso programa. Ainda hoje apresentámos um pacote de reformas para um domínio fundamental da vida da sociedade portuguesa que tem a ver com a habitação", referiu.
Confrontado com o facto de, segundo sondagens, os portugueses não estarem a fazer uma avaliação positiva do mandato do Governo, o chefe do executivo considerou que "só um milagre" é que faria com os que os portugueses fizessem uma "avaliação muito positiva" num contexto de inflação e de perda de poder de compra.
Interrogado não considera que possa haver um efeito dos casos e casinhos na avaliação negativa dos portugueses, Costa respondeu: "Isso porventura sim".
"Se um professor está descontente com o Governo responder a uma sondagem, provavelmente não dirá bem do Governo nem do primeiro-ministro. Mas nós não podemos governar para as sondagens nem para os momentos. Nós temos de governar para cumprir o programa que temos para cumprir", frisou.
O primeiro-ministro descartou que a sucessão de casos tenha sido uma "desorientação", afirmando que só seria o caso se uma mudança de membros do Governo significasse "inversão de política ou descontinuidade de política",
"A instabilidade que verdadeiramente preocuparia os portugueses e atingiria os portugueses era se fosse instabilidade das políticas", reforçou.
António Costa defendeu que não é isso que está a acontecer no Governo, dando o exemplo do que sucedeu no ministério da Saúde, em que a anterior equipa, liderada por Temido, aprovou o estatuto do SNS e a lei que constituía a direção executiva do SNS.
"A nova equipa nomeou o diretor executivo, o diretor executivo está a trabalhar e as coisas estão a funcionar bem. E é essa continuidade política que nós temos que assegurar e é por isso que eu cá estou", afirmou.
TA // JPS
Lusa/Fim
"Há coisas que foram acidentes lamentáveis, que eu já pedi desculpa, porque eu acho que são lamentáveis, que aconteceram. Foram corrigidos, também acho que, verdadeiramente, não são mais do que isso", afirmou António Costa numa entrevista ao canal televisivo TVI.
Questionado se considera que está agora num Governo "completamente blindado, à prova de novos casos e 'casinhos'", António Costa respondeu: "Isso eu acho que nem um tanque com o maior grau de blindagem está blindado de incidentes".
"Estamos muito focados na execução do nosso programa. Ainda hoje apresentámos um pacote de reformas para um domínio fundamental da vida da sociedade portuguesa que tem a ver com a habitação", referiu.
Confrontado com o facto de, segundo sondagens, os portugueses não estarem a fazer uma avaliação positiva do mandato do Governo, o chefe do executivo considerou que "só um milagre" é que faria com os que os portugueses fizessem uma "avaliação muito positiva" num contexto de inflação e de perda de poder de compra.
Interrogado não considera que possa haver um efeito dos casos e casinhos na avaliação negativa dos portugueses, Costa respondeu: "Isso porventura sim".
"Se um professor está descontente com o Governo responder a uma sondagem, provavelmente não dirá bem do Governo nem do primeiro-ministro. Mas nós não podemos governar para as sondagens nem para os momentos. Nós temos de governar para cumprir o programa que temos para cumprir", frisou.
O primeiro-ministro descartou que a sucessão de casos tenha sido uma "desorientação", afirmando que só seria o caso se uma mudança de membros do Governo significasse "inversão de política ou descontinuidade de política",
"A instabilidade que verdadeiramente preocuparia os portugueses e atingiria os portugueses era se fosse instabilidade das políticas", reforçou.
António Costa defendeu que não é isso que está a acontecer no Governo, dando o exemplo do que sucedeu no ministério da Saúde, em que a anterior equipa, liderada por Temido, aprovou o estatuto do SNS e a lei que constituía a direção executiva do SNS.
"A nova equipa nomeou o diretor executivo, o diretor executivo está a trabalhar e as coisas estão a funcionar bem. E é essa continuidade política que nós temos que assegurar e é por isso que eu cá estou", afirmou.
TA // JPS
Lusa/Fim