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Costa admite fechar escolas e requisitar saúde privada se pandemia piorar. Novas medidas em vigor à meia-noite

Medidas mais apertadas do confinamento entram em vigor à meia-noite. O primeiro-ministro, António Costa, garantiu que tudo fará para manter as escolas abertas, mas admitiu o encerramento caso a situação piore.

Miguel A. Lopes
19 de Janeiro de 2021 às 15:46
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O primeiro-ministro, António Costa, garantiu que tudo fará para manter as escolas em funcionamento. Mas admitiu que se a pandemia continuar a piorar, nomeadamente, se a nova estirpe mais contagiosa do vírus se instalar no país, não hesitará em fechar os estabelecimentos de ensino. Entretanto, as regras mais apertadas do confinamento entram em vigor à meia-noite.

O Governo está esta terça-feira à tarde na Assembleia da República para debater com os deputados. Confrontado pelo deputado social-democrata, Adão Silva, António Costa afirmou o Executivo quer "fazer tudo o que é necessário, mas nada mais do que é necessário" e insistiu na necessidade de tomar medidas com proporcionalidade. "Estamo-nos a bater para manter as escolas abertas porque sabemos bem o custo de fechar as escolas", frisou.

"Sabemos hoje que o encerramento da escola pública, a ausência do ensino presencial, agrava as desigualdades e prejudica de modo irreversível a aprendizagem", frisou, sublinhando a campanha de testes rápidos que será lançada nas escolas, conforme foi já comunicado pelos ministérios da Saúde e da Educação.

Mais tarde, também o deputado Telmo Correia, do CDS, confrontou o primeiro-ministro com a opção de manter as escolas abertas e pediu "coragem" para tomar a decisão de suspender as aulas presenciais. Costa contra-argumentou: "O mais fácil politicamente era encerrar as escolas. Porque o custo de encerrar as escolas não se paga hoje, paga-se daqui por dez ou quinze anos". E assegurou que em todo o país há apenas 13 escolas encerradas por surtos de covid-19 e que em mais de um milhão de alunos, há 39 mil confinados.

Requisição avança se for preciso

Também sobre a requisição dos serviços privados de saúde, para ajudar na resposta à pandemia, a posição do primeiro-ministro foi no mesmo sentido. "Se e quando o Governo entender que é mesmo necessário proceder à requisição, procederemos à requisição", assegurou, em resposta a Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda.

Já na resposta ao secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, António Costa aproveitou para assegurar que o país tem "hoje mais médicos no Serviço Nacional de Saúde do que tinha há um ano" e elogiou o contributo dos comunistas para este reforço.

(Notícia em atualização)
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