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Fenprof pede encerramento das escolas

Face à evolução da pandemia, a Federação Nacional de Professores veio esta terça-feira defender o encerramento imediato das escolas. “A situação é gravíssima” e “já há milhares de alunos em casa”, sustenta Mário Nogueira.

Lusa
Filomena Lança filomenalanca@negocios.pt 19 de Janeiro de 2021 às 16:07

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) considera que, face à gravíssima situação epidemiológica que o país atravessa,  enquanto durar um confinamento que se pretende geral, as escolas não podem continuar a ser exceção e devem fechar. Os números de infeção e de óbitos assim o justificam". O anúncio foi feito esta terça-feira por Mário Nogueira, secretário-geral, da organização sindical, depois de uma reunião com os vários sindicatos que a compõem.


A Fenprof, que tem vindo a defender sempre a manutenção do ensino presencial, sublinha que "estamos a viver um tempo muito perigoso" e que "o pior que podia acontecer à educação era sobreviver assente em milhares de mortos". Além disso, "o número de escolas com infetados multiplica-se por todo o país, e tem vindo a aumentar" e "já há milhares de alunos em casa", disse Mário Nogueira, dando como exemplos "o encerramento de todas as escolas em Moura e na Amareleja.


"O Governo deve suspender as atividades nas escolas e ir ouvindo os especialistas", defende Mário Nogueira, entre críticas ao Executivo, que acusa de não ter desenvolvido a tempo a resposta aos problemas do ensino à distância identificados no primeiro confinamento, nomeadamente as que poderiam atenuar as desigualdades entre alunos. 


Quanto ao anúncio, esta terça-feira, de que vai avançar a testagem nas escolas "saudamos que finalmente se faça qualquer coisa, mas consideramos insuficiente e esperamos que seja feio de uma forma generalizada", defende o secretário-geral da Fenprof. 


Para já serão abrangidas as escolas secundárias dos concelhos de maior risco, mas Mário Nogueira afirma que "deve ser um rastreio nacional e não envolver apenas o ensino secundário", até porque muitos dos professores mais velhos e, por isso, de maior risco, estão no segundo ciclo e no pré-escolar e é bom que não fiquem de fora".


Também a Federação Nacional da Educação e o Sindicato de Todos os Professores (Stop) apelaram já ao encerramento das escolas.
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