Notícia
Como ficou o Parlamento em cada eleição desde 1976
Em 13 eleições legislativas desde 1976, a Assembleia da República conheceu distintas correlações de forças, contudo, no essencial, continuam a ser os mesmos partidos a marcar presença no hemiciclo.
Em 45 anos de democracia, a composição da Assembleia da República foi sofrendo naturais alterações decorrentes da evolução do quadro partidário nacional, mudanças ainda assim mais visíveis na correlação de forças entre partidos e entre esquerda-direita do que na afirmação consistente de novas forças políticas.
Contudo, exceção feita ao período pós-revolução (em concreto a Assembleia Constituinte que durou entre 1975 e 1976 e que deu origem ao único Parlamento do qual não saiu um governo) e à agitação dos anos 1980, o Parlamento poucas mudanças conheceu em termos de representação partidária, sendo as principais novidades a entrada do Bloco de Esquerda em 1999 e, em 2015, a estreia do PAN.
A estabilidade partidária no Parlamento, que permite a Portugal ser uma exceção no que diz respeito à capacidade dos partidos tradicionais passarem quase incólumes à tendência de erosão que atinge os seus pares um pouco por toda a Europa, pode confirmar-se com uma comparação entre as eleições de 1976 e as de 2015. Em 1976, houve cinco partidos a garantir representação parlamentar: PS, PSD, PCP, CDS e UDP.
Sem contar com o PAN, estas são, em grande medida, as mesmas forças que em 2015 conseguiram eleger deputados, uma vez que os Verdes estão integrados na coligação eleitoral com o PCP (CDU) e que a UDP é uma das forças que, em conjunto com o PSR e a Política XXI, deram origem ao Bloco de Esquerda.
No gráfico abaixo pode também ver como evoluíram as votações em percentagem dos partidos desde 1976.