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“Claro que queremos ser poder e ser Governo”, garante Catarina Martins

O Bloco de Esquerda não tem um projecto de poder a brincar nem existe para ser apenas partido de oposição, assegurou Catarina Martins. E as autárquicas são importantes para os bloquistas.

Miguel Baltazar
26 de Junho de 2016 às 17:31
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As ambições políticas do Bloco de Esquerda não acabam na geringonça. Catarina Martins garantiu, no encerramento da convenção do partido, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, que o Bloco quer ser poder. "Claro que queremos ser poder e ser governo", afiançou. "Alguém alguma vez pensou que o projecto político do Bloco era a brincar?", interrogou de forma retórica, certificando que não é brincadeira.

 

"Reestruturar a dívida, pôr a finança no seu lugar, combater a precariedade, garantir justiça e escola e saúde e cultura e ciência. Sim, é isso querer ser poder", enumerou. "Queremos juntar forças para vencer a austeridade. Querer ser poder é querer ser povo, é querer ser levantamento, é querer ser gente", assinalou Catarina Martins.

 

E esse não é um cenário difícil de se concretizar, antecipa. "Diziam-nos que seria impossível um Governo recuperar pensões e salários, mas não é". Portanto, "não venham dizer que é impossível um Governo que reestruture a dívida para evitar aumento dos impostos".

 

Catarina Martins também abordou as eleições autárquicas do próximo ano e respondeu a algumas críticas de falta de ambição do partido. "Tenho ouvido dizer que as autárquicas não são importantes para o Bloco. Errado. Desengane-se quem acha que o BE não tem projecto, capacidade ou vontade de mudar a vida das autarquias", afirmou.

 

"Em cada local procuraremos as convergências amplas da mudança. Não fugiremos a nenhuma responsabilidade em nenhum local do país", rematou.

Oito vereadores em sete câmaras

 

Durante a manhã, um dos militantes do Bloco, Américo Campos, criticou a falta de ambição do partido nas autárquicas. "Temos oito vereadores em sete câmaras", num total de 308 municípios. "Se tivéssemos um número de deputados proporcional ao de vereadores teríamos um deputado", exemplificou. O repto foi feito: "só seremos um partido relevante quando tivermos uma representação na aldeia como temos no Parlamento".

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