Notícia
Boris Johnson enfrenta revolta interna com possível Brexit sem acordo
Vários membros do Governo liderado por Boris Johnson admitiram a demissão, caso o divórcio do Reino Unido com a União Europeia se faça sem um acordo entre ambas as partes. O Parlamento volta a discutir o Brexit a 19 de outubro.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson está a enfrentar uma revolta interna, uma vez que vários membros do seu Governo ameaçaram abandonar o cargo se não houver acordo para o Brexit, segundo o The Times.
Entre os elementos na lista de possíveis demissões estão o secretário da Cultura, Nicky Morgan, o ministro britânico para a Irlanda do Norte, Julian Smith, o secretário da justiça, Robert Buckland, o ministro da saúde Matt Hancock e o procurador geral Geoffrey Cox.
No entanto, o número de candidatos à saída poderá ser ainda maior, segundo o mesmo jornal, que acrescentou que os membros do Governo avisaram Boris Johnson sobre o risco "grave" do regresso da regra direta na Irlanda do Norte e reforçaram as suas preocupações sobre Dominic Cummings, um dos conselheiros mais próximos de Johnson e estrategas do Brexit.
O Financial Times, nesta quarta-feira, avançou que pelo menos 50 membros do partido vão opor-se a um cenário de Brexit sem acordo.
O parlamento britânico voltará a discutir o Brexit no dia 19 de outubro, depois de uma reunião do Conselho Europeu, numa altura em que faltam apenas três semanas para o Reino Unido deixar a União Europeia.
O Banco da Inglaterra voltou a alertar sobre a volatilidade dos mercados e os riscos de uma ruptura económica, caso não se alcance um acordo para o Brexit no final deste mês.