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Biden ganha terreno na "superterça" e anima corrida nas primárias dos Democratas
O candidato centrista beneficiou da desistência de dois candidatos da corrida e ganhou terreno ao vencer na maioria dos estados em disputa. Contudo, Bernie Sanders ganhou no mais importante. A corrida entre ambos pela nomeação do Partido Democrata está agora mais renhida.
À partida para esta "Super Terça-feira", a noite em que 14 estados dos Estados Unidos votam no candidato democrata, eram estes dois candidatos a perfilarem-se para assegurar a nomeação na convenção nacional de julho e posterior confronto com o republicano Donald Trump, nas eleições presidenciais de 3 de novembro. Agora, essa ideia ganhou ainda mais força.
"Para aqueles que foram derrotados e deixados para trás, esta é a sua campanha", disse Biden, ex-vice-presidente que teve um desempenho fraco nas primeiras três rondas, mas conseguiu uma vitória na Carolina do Sul. "Estamos muito vivos", assegurou o candidato aos seus apoiantes, em Los Angeles.
Bernie Sanders, de 78 anos, venceu em menos estados do que o concorrente, mas levou a melhor no peso-pesado Califórnia, que representa a atribuição de 415 delegados. Levou a melhor em Colorado, Utah e no seu estado natal Vermont.
Nesta "superterça-feira" definiu-se a distribuição de cerca de um terço dos delegados em disputa (1.357) na corrida pela nomeação democrata – são necessários 1.991 na convenção nacional para alcançar a maioria. De 26 candidaturas oficiais restam apenas cinco: o senador do Vermont, Bernie Sanders; o ex-vice-presidente dos EUA, Joe Biden; a senadora do Massachusetts, Elizabeth Warren; o magnata Michael Bloomberg; e a congressista Tulsi Gabbard.
O que está em causa nas eleições primárias é o número de delegados atribuídos a cada candidato. O primeiro a conquistar 1991 delegados (50% do total, mais um) é considerado o nomeado virtual do partido.
Estas primárias democratas têm como objetivo crucial a eleição do melhor candidato para travar a reeleição do atual Presidente, Donald Trump, que conta com uma base eleitoral arregimentada e a economia a seu favor.
Há especialistas que defendem que para contrapor ao populismo de Trump a melhor aposta é Sanders, por também ele protagonizar uma candidatura radical. Outros consideram que Biden é o mais capaz de competir com Trump na cintura industrial do "midwest", que tão relevante foi em 2016. O estudo da NBCNews de domingo coloca Biden com mais quatro pontos percentuais do que Trump e Sanders com mais dois. Mas há quatro anos também Hillary Clinton liderava as sondagens.