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Assunção Cristas: Costa sai fragilizado da remodelação
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, desvalorizou a remodelação governamental, afirmando que foi feita “por arrasto” do caso do furto de Tancos e que Governo e primeiro-ministro estão fragilizados.
As mudanças no executivo, feitas com "prata da casa", e "sem rasgo", são a "prova dos nove da extraordinária fragilidade do primeiro-ministro", afirmou Assunção Cristas no encerramento da escola de quadros da Juventude Popular (JP), em Peniche, Leiria.
O primeiro-ministro, António Costa, propôs as exonerações dos ministros da Defesa, Azeredo Lopes, da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e a sua substituição, respectivamente, por João Gomes Cravinho, Marta Temido, Pedro Siza Vieira e Graça Fonseca, propostas que foram aceites pelo Presidente da República.
A remodelação "não é um reforço nem um exercício de autoridade, é a prova dos nove da extraordinária fragilidade do primeiro-ministro", acrescentou.
Assunção Cristas afirmou que a remodelação foi feita apenas com "prata da casa", recorrendo até a ex-membros do Governo de José Sócrates, como João Gomes Cravinho.
Uma remodelação feita "por arrasto de uma demissão", do ministro da Defesa, que "veio por arrasto penoso de uma situação insustentável" com o caso do furto de armas de Tancos, "não é um reforço nem um exercício de autoridade", afirmou ainda.
Além do mais, estas mexidas no executivo não resolvem os problemas do país, porque "quem precisa de ser remodelado é António Costa", que "não tem estatura, não tem capacidade para liderar o Governo de Portugal", concluiu.
A saúde, uma área que tem sido "profundamente criticada" pelo CDS, ficou sem ministro e a nova titular vai executar um orçamento que "não preparou nem negociou".
Trata-se de uma troca de caras para "fazer promessas que nunca serão cumpridas", dando o exemplos dos 50 milhões de euros para o hospital de Gaia.