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Costa: "As propostas de Orçamento não são dos ministros, são do Governo"

António Costa, primeiro-ministro, garantiu que não foi por insatisfação dos ministros cessantes que os trocou. Voltou a explicar as mudanças pela necessidade de dar nova relevância à política económica e endereçar os desafios das mudanças climáticas.

15 de Outubro de 2018 às 12:34
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O primeiro-ministro António Costa justifica as alterações no Governo pela necessidade de dar novo ímpeto à política económica e endereçar os desafios das mudanças climáticas. Garantiu, no final da tomada de posse, que não trocou ministros por insatisfação. 

Já em relação ao momento em que faz a remodelação no Governo, após a aprovação em conselho de Ministros da proposta do Orçamento do Estado, António Costa garantiu: "as propostas de orçamento não são dos ministros, são do Governo", disse. E, por isso, "concluída a aprovação da proposta todos estão a dar condições de dar execução".

Frisou não se tratar de insatisfação. "Não se trata de insatisfação. Estamos no momento de dar dinâmica renovada" para concluir o programa do Governo e preparar o futuro, e foi fruto de "avaliação conjunta".

Aproveitando as respostas aos jornalistas para agradecer aos ministros que agora saem, "pela dedicação e espírito de serviço com que serviram Portugal", António Costa sublinha que "estamos num momento importante em que foi aprovada a proposta do Orçamento do Estado que Governo vai apresentar", pelo que "é momento para dar dinâmica renovada à execução do programa do Governo e oportuno para proceder a duas alterações orgânicas".

Colocar Pedro Siza Vieira como ministro adjunto e ministro da Economia visa dar "nova centralidade à política económica". António Costa lembrou que na sexta-feira a Moody's retirou a dívida portuguesa da categoria de lixo, colocando o país em níveis de investimento. Para o primeiro-ministro "marca um momento de viragem". E reiterou: "é necessário dar nova centralidade à política económica, sem perder atenção à orçamental". 

Quanto à passagem da energia para o ministério do Ambiente que se assume, agora, como Ministério do Ambiente e Transição Energética, António Costa realçou tratar-se da oportunidade de endereçar um dos "maiores desafios nas próximas décadas", a fim de "mitigar os efeitos das alterações climáticas"

Questionado sobre se a mudança na pasta da Energia não faz a vontade à EDP, António Costa respondeu: "faz seguramente a vontade a todos os que têm consciência que as alterações climáticas são uma ameaça real", pelo que a política de energia tem de ser "orientada para o objectivo fundamental, assegurar a descarbonização e a transição energética".

António Costa garantiu que quem sai foi a pedido dos próprios. À saída, Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, questionado pela imprensa, garantiu que se ajuda a saúde "dentro e fora". E garantiu: "quem me conhece sabe que não saio de coisas difíceis".

Pedro Siza Vieira, João Gomes Cravinho, Graça Fonseca e Marta Temido já tomaram posse. Também João Pedro Matos Fernandes teve de tomar novamente posse, na medida em que a orgânica do seu ministério é alterada. Passa a ser Ministério do Ambiente e Transição Energética, como tal teve de assinar novamente o livro de posse.

A pasta da Energia passou do ministério da Economia para o Ambiente.

Já prestaram o compromisso de honra, e Marcelo Rebelo de Sousa já lhes deu posse. Após a posse, Marcelo Rebelo de Sousa cumprimentou os novos ministros, mas também os que estão de saída do Governo: Manuel Caldeira Cabral, Luís Castro Mendes e Adalberto Campos Fernandes.

Também António Costa foi despedir-se, com abraços, dos que saíram.
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