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Licenciatura, Secretas e Público: As polémicas que envolveram Miguel Relvas

O percurso de Miguel relvas ficou marcado por várias polémicas e acusações. As mais mediáticas foram o caso da licenciatura, o das “secretas” e as alegadas pressões ao jornal “Público”.

Cátia Barbosa
Negócios 04 de Abril de 2013 às 17:02
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Miguel Relvas viu-se envolvido em polémica quando foi conhecido que a sua licenciatura foi conseguida através da concessão de 160 créditos, ou seja, teve equivalência a 32 das 36 cadeiras, o que significa que teve equivalências a 90% das cadeiras do curso de Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona, em 2006. A mesma universidade aprovou um documento onde indicava que deveria haver um limite de 40% de equivalências.

 

Este foi o caso mais polémico que envolveu o ministro Adjunto do primeiro-ministro e ainda não teve um final. Isto porque o ministro da Educação, Nuno Crato, deu ordens para que fosse feita uma investigação ao caso. As conclusões já estarão na posse do Governo, mas ainda não foram tornadas públicas.

 

Um segundo caso marcante foi o caso “Secretas”, que foi espoletado por uma notícia do “Público”, onde o jornal avançava que Miguel Relvas teria recebido um “e-mail” e algumas mensagens escritas do ex-director do Sistema de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED), Jorge Silva Carvalho, com propostas de nomes para as secretas. Estas propostas foram enviadas depois das eleições legislativas de 2011, altura em que Jorge Silva Carvalho já pertencia à empresa Ongoing.

 

Este caso fez correr muita tinta. Mais tarde foi noticiado que o adjunto de Miguel Relvas, Adelino Cunha, trocou sete mensagens de telemóvel, entre 8 e 15 de Setembro de 2011, uma das quais sobre a violação de um envelope do parlamento. Este caso levou mesmo à demissão do adjunto de Relvas.

 

O nome de Miguel Relvas ficou também associado ao caso das alegadas pressões ao jornal “Público”. O ministro demissionário terá ameaçado promover um boicote de todos os membros do Governo ao jornal e divulgar detalhes da vida privada da jornalista Maria José Oliveira. Em causa estaria a publicação de uma notícia que detalhava algumas contradições de declarações proferidas na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias sobre o caso das “secretas”.

 

Este foi um caso que foi analisado pela ERC, tendo ilibado Miguel Relvas.

 

Pedro Rosa Mendes foi igualmente um nome associado a Miguel Relvas. O jornalista Rosa Mendes tinha uma rúbrica na Antena 1, chamada “Este Tempo”. Este programa conheceu o seu fim em 2012, com o jornalista a alegar pressões devido a uma crónica onde o Rosa Mendes criticava a RTP e o regime angolano. Na sequência do fim da rubrica “Este Tempo”, João Barreiros, então director da Antena 1, demitiu-se do cargo. Ricardo Alexandre, o responsável pelas manhãs da Antena 1 que se opôs fortemente ao fim daquele espaço de opinião, acabou por deixar as manhãs da rádio. A ERC concluiu que o jornalista não tinha sido censurado.

 

Uma das mais recentes polémicas que envolveu o “braço direito” de Passos Coelho foi quando o jornal “Público” noticiou que a empresas Tecnoforma, gerida pelo actual primeiro-ministro, teria beneficiado de financiamentos através do programa Floral, que era da competência de Miguel Relvas – na altura secretário de Estado da Administração Local no Executivo liderado por Durão Barroso.

 

A privatização da RTP também foi um dos dossiers “difíceis”. Começou por uma privatização, passou por uma eventual concessão e termina com uma reestruturação “dolorosa”, um termo usado pelo próprio ministro Relvas, que tinha sob a sua tutela este processo.

 

(Notícia actualizada às 18h10 com mais informação)

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