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Aprovada audição no parlamento do ministro do Planeamento sobre os CTT
O requerimento do PCP para a audição no parlamento do ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, sobre as medidas anunciadas pela administração dos CTT - Correios de Portugal foi hoje aprovado.
A discussão e a votação decorreram esta quarta-feira na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, que aprovou por unanimidade o requerimento do PCP. A comissão vai agora proceder ao contacto com Pedro Marques para, posteriormente, ser agendada uma data para a audição.
Em 19 de Dezembro, os CTT anunciaram o Plano de Transformação Operacional, ou seja, um plano de reestruturação que prevê reduzir cerca de 800 pessoas na área das operações ao longo de três anos, em consequência da queda do tráfego do correio, de um total de 6.700 efectivos, dos quais 6.200 efectivos e perto de 500 contratados a termo.
Além da redução de 800 colaboradores em três anos, os CTT pretendem ainda racionalizar activos não estratégicos (mais ou menos 30 propriedades) e ainda optimizar a cobertura da rede de lojas através da conversão de lojas em postos de correio ou fecho daquelas com pouca procura por parte dos clientes, de acordo com o plano divulgado em Dezembro.
Posteriormente, em 2 de Janeiro, os CTT confirmaram o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afectar 53 postos de trabalho.
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).
A decisão de encerramento motivou já críticas de autarquias e utentes.
Os CTT empregam 12.149 pessoas, das quais 11.702 em Portugal, país onde opera uma rede de 4.297 lojas, das quais 615 próprias, 1.724 em parceria, 1.958 postos de venda de selos, a que se juntam 4.202 agentes Payshop.