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Goldman Sachs deixa de ter participação qualificada nos CTT um dia após comprar
Em 21 de Dezembro o Goldman Sachs superou a fasquia dos 2% do capital dos CTT passando a deter uma participação qualificada na cotada. No dia seguinte, alienou acções e deixou de ter a referida participação qualificada baixando do limiar dos 2%.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT informam que o banco americano Goldman Sachs deixou de deter uma participação qualificada no capital social dos correios nacionais.
Na nota enviada ao regulador dos mercados, a cotada liderada por Francisco Lacerda refere que após uma operação realizada pelo Goldman Sachs em 22 de Dezembro, a instituição financeira passou a deter uma posição de 1,52% no capital dos CTT, isto através de acções directamente detidas e também de instrumentos de capital.
Desta forma, o Goldman Sachs manteve uma participação qualificada (superior a 2%) nos CTT por apenas um dia, uma vez que esta fasquia havia somente sido ultrapassada um dia antes, em 21 de Dezembro. Nessa data, o banco havia superado o limiar dos 2%, alcançado os 2,07%.
Os CTT fecharam 2017 com o pior desempenho das cotadas que integram o PSI-20. A tendência de quedas dos correios nacionais acentuou-se depois de terem sido conhecidos os resultados decepcionantes da cotada nos primeiros nove meses do ano, o que levou os CTT a cortarem o dividendo a pagar aos seus accionistas em 10 cêntimos, para 38 cêntimos.
Entretanto, as duas primeiras sessões de 2018 foram positivas para os CTT, que valorizaram 3,68% na terça-feira e apreciaram 2,59% na sessão desta quarta-feira. O que acontece depois de na passada semana a empresa ter apresentado à Autoridade da Concorrência um conjunto de compromissos em resposta ao processo de contra-ordenação aberto pelo regulador por indícios de infracção às regras de concorrência.
Por outro lado, os CTT avançaram com um plano de reestruturação que prevê o encerramento de 22 balcões e o despedimento de 800 funcionários até 2020.
Em análise realizada depois de terem sido conhecidos os resultados nos primeiros nove meses do ano, o CaixaBI antevia ser razoável antecipar uma "enorme mudança na estrutura accionista" da instituição.