Notícia
António Costa nega ter apelado à emigração de professores
O primeiro-ministro usou o Twitter para desmentir ter apelado à emigração de professores, recusando ser comparado com Passos Coelho em 2011.
"A estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa, pois não? Pois... Eu também não apelei à emigração!". Foi desta forma que António Costa negou, via Twitter, que tenha incentivado à emigração de professores portugueses para França. Em conjunto com o tweet, foi publicada a transcrição da conversa com os jornalistas, que acendeu a polémica.
De acordo com o documento disponibilizado pela conta oficial do primeiro-ministro nesta rede social, António Costa referia-se à intenção, anunciada pelo presidente da Île de France (a região à volta de Paris), de apostar no ensino do português.
Tal é "muito importante para a difusão da nossa língua" e é "também uma oportunidade de trabalho para muitos professores de Português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e que podem encontrar aqui", afirmou o primeiro-ministro, no final da visita a França, no dia 12 de Junho.
Esta frase levantou polémica porque está implícita a sugestão aos professores para optarem pela emigração. Segundo escreve o i está terça-feira, o PSD está indignado pelo facto de a frase de António Costa não ter gerado as mesmas reacções que a de Passos Coelho, em 2011, quando este sugeria aos professores "olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa".
A estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa, pois não? Pois... Eu também não apelei à emigração! https://t.co/Qi9Lyn0kMC
— António Costa (@antoniocostapm) June 14, 2016