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António Costa: "Diabo não apareceu nos balcões do SEF a pedir visto de entrada"

No debate quinzenal, António Costa voltou-se para a direita para atacar. "2016 foi o ano horrível para o PSD". O primeiro-ministro atacou Pedro Passos Coelho, lembrando ainda declarações do ex-primeiro-ministro de Março de 2011.

Miguel Baltazar / Negócios
14 de Outubro de 2016 às 11:54
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Ainda que tenha salientado não querer fazer do debate quinzenal uma aula histórica, depois de Passos Coelho ter sugerido a comparação entre o que foi o ano de 2016 e 2011, foi o próprio primeiro-ministro que recordou declarações do ex-primeiro-ministro em Março de 2011 (quando ainda não era Governo), dizendo que se houvesse cortes seria por via dos impostos do consumo, mais do que no rendimento das pessoas, através de impostos, cortes salariais ou pensões. Para concluir que o Governo PSD/CDS fez exactamente o oposto.

António Costa disse-o já por várias vezes que o seu Governo vai cumprir o que promete. E foi essa a tónica nas respostas ao PSD que falou pela voz do seu líder, Pedro Passos Coelho, ex-primeiro-ministro. Mas foi nas respostas ao deputado socialista João Paulo Correia que voltou a atacar o anterior Executivo e os partidos à direita. 

"O ano de 2016 é o ano horrível para o PSD porque foi o ano em que falhou tudo o que previu que ia acontecer. Nem o diabo apareceu". Já vamos em meados Outubro e não há registo de ter "aparecido nos balcões do SEF a pedir visto de entrada em Portugal".

António Costa acrescenta, mesmo, que "estamos a iniciar o OE para 2017 sem ter tido um ou dois rectificativos em 2016", lembrando que o anterior Governo teve dois rectificativos em cada ano orçamental. "É por isso sr. deputado que eu percebo bem que 2016 seja apagado na história do PSD".

"Vamos cumprir pela primeira vez em 42 anos um défice que muitos sonharam mas nunca conseguiram obter". Mais uma machada, segundo o primeiro-ministro, para o PSD.

As críticas à anterior governação voltaram nas declarações de António Costa em resposta às perguntas de Assunção Cristas, pelo CDS-PP, que ofereceu um gráfico (com laço cor-de-rosa), ao primeiro-ministro que lhe devolveu mostrando outro gráfico que mostrava a redução da carga fiscal. António Costa garantiu que a carga fiscal será redistribuída. E mais uma vez garantiu: "vamos cumprir o que prometi".

Assunção Cristas aproveitou a sua intervenção para acusar o Governo de estar a atacar os serviços públicos. O que mereceu de Costa a ironia: "Eu já esperava ouvir quase tudo, agora verdadeiramente tem de me dar prémnio, vir do CDS a censura quanto ao corte na despesa pública já não estava preparado para poder ouvir, e depois de ser campeã da lavoura, ser campeã da [subida] despesa pública nem sei que lhe diga".

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