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Aeroporto: Montenegro ameaça romper acordo se relatório da comissão não for "100% independente"
Montenegro referiu que o PSD impôs condições ao Governo, entre as quais que as obras no aeroporto Humberto Delgado "fossem realizadas de imediato", salientando que o acordo foi assumido há um ano e essas obras "ainda não começaram".
09 de Outubro de 2023 às 23:38
O presidente do PSD ameaçou hoje romper o acordo sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa se o relatório elaborado pela comissão técnica independente não for "100% independente" e considerou que a renacionalização da REN "merece uma reflexão".
Em entrevista à TVI/CNN Portugal, Montenegro foi questionado sobre se o PSD vai respeitar o acordo assumido com o PS, em setembro de 2022, relativamente à escolha para a localização do novo aeroporto de Lisboa.
"Coisa que o PSD não tem de fazer é cumprir nada. O PSD pôs condições, quem tem de cumprir é o Governo, que o PSD não tem capacidade de manobra, nós não gerimos o processo", respondeu o líder do PSD.
Montenegro referiu que o PSD impôs condições ao Governo, entre as quais que as obras no aeroporto Humberto Delgado "fossem realizadas de imediato", salientando que o acordo foi assumido há um ano e essas obras "ainda não começaram".
Por outro lado, Montenegro afirmou que o acordo previa também que a comissão técnica independente fosse composta por académicos que "não tivessem opinado sobre o assunto anteriormente". "Não quero duvidar da independência das pessoas, mas duvidei e alertei o primeiro-ministro para isso quando vi a presidente da comissão técnica independente [Rosário Partidário] dizer que ia decidir onde é que ia ficar o novo aeroporto", disse, reforçando que não foi isso que acordou "com o doutor António Costa e com o PS".
O líder social-democrata salientou que o "que se pede aos técnicos é que digam quais são as vantagens e desvantagens de cada localização", acrescentando que espera que o relatório elaborado pela comissão técnica independente não venha a estar "eivado de nenhum interesse particular de ninguém". "Espero mesmo. Só pode ser assim... Isto ou é 100% técnico e 100% rigoroso, ou então não contam sequer com o PSD para coisa nenhuma", vincou.
Montenegro afirmou ainda esperar que, depois de receber o relatório, possa elaborar uma opinião, e que essa opinião seja "coincidente com a do Governo", o que considerou que seria "bom para Portugal". "Mas nem eu mando na do Governo, nem o Governo manda na minha. Não posso garantir que nós vamos ter esse acordo, o que posso garantir é que nós vamos olhar com toda a atenção, com todo o cuidado, para aquilo que os técnicos nos vão dizer", assegurou.
Nesta entrevista, o líder do PSD abordou ainda o processo de privatização da TAP, mostrando-se favorável à venda de 100% do capital da companhia aérea, ainda que admitindo que a mesma possa ser feita de forma graduada.
No entanto, questionado sobre uma venda à companhia aérea espanhola Ibéria, Montenegro considerou que, do ponto de vista estratégico, seria "muito perigoso" para o país "perder" a TAP para uma "operadora com as características da Ibéria, nomeadamente com o 'hub' que tem em Madrid".
Questionado sobre eventuais renacionalizações de outras empresas nacionais, Montenegro disse não gostar da palavra "renacionalizar", mas considerou que a privatização da REN "merece uma reflexão".
"Olhando para trás, a única empresa com que fiquei com dúvidas se tivemos benefício em fazer a privatização foi a REN, embora isso tenha sido uma imposição que nos deixaram no memorando de entendimento com a 'troika'. Não fora isso, e eu assumo, é do interesse estratégico de Portugal ter a REN na posse do Estado", disse.
Em entrevista à TVI/CNN Portugal, Montenegro foi questionado sobre se o PSD vai respeitar o acordo assumido com o PS, em setembro de 2022, relativamente à escolha para a localização do novo aeroporto de Lisboa.
Montenegro referiu que o PSD impôs condições ao Governo, entre as quais que as obras no aeroporto Humberto Delgado "fossem realizadas de imediato", salientando que o acordo foi assumido há um ano e essas obras "ainda não começaram".
Por outro lado, Montenegro afirmou que o acordo previa também que a comissão técnica independente fosse composta por académicos que "não tivessem opinado sobre o assunto anteriormente". "Não quero duvidar da independência das pessoas, mas duvidei e alertei o primeiro-ministro para isso quando vi a presidente da comissão técnica independente [Rosário Partidário] dizer que ia decidir onde é que ia ficar o novo aeroporto", disse, reforçando que não foi isso que acordou "com o doutor António Costa e com o PS".
O líder social-democrata salientou que o "que se pede aos técnicos é que digam quais são as vantagens e desvantagens de cada localização", acrescentando que espera que o relatório elaborado pela comissão técnica independente não venha a estar "eivado de nenhum interesse particular de ninguém". "Espero mesmo. Só pode ser assim... Isto ou é 100% técnico e 100% rigoroso, ou então não contam sequer com o PSD para coisa nenhuma", vincou.
Montenegro afirmou ainda esperar que, depois de receber o relatório, possa elaborar uma opinião, e que essa opinião seja "coincidente com a do Governo", o que considerou que seria "bom para Portugal". "Mas nem eu mando na do Governo, nem o Governo manda na minha. Não posso garantir que nós vamos ter esse acordo, o que posso garantir é que nós vamos olhar com toda a atenção, com todo o cuidado, para aquilo que os técnicos nos vão dizer", assegurou.
Nesta entrevista, o líder do PSD abordou ainda o processo de privatização da TAP, mostrando-se favorável à venda de 100% do capital da companhia aérea, ainda que admitindo que a mesma possa ser feita de forma graduada.
No entanto, questionado sobre uma venda à companhia aérea espanhola Ibéria, Montenegro considerou que, do ponto de vista estratégico, seria "muito perigoso" para o país "perder" a TAP para uma "operadora com as características da Ibéria, nomeadamente com o 'hub' que tem em Madrid".
Questionado sobre eventuais renacionalizações de outras empresas nacionais, Montenegro disse não gostar da palavra "renacionalizar", mas considerou que a privatização da REN "merece uma reflexão".
"Olhando para trás, a única empresa com que fiquei com dúvidas se tivemos benefício em fazer a privatização foi a REN, embora isso tenha sido uma imposição que nos deixaram no memorando de entendimento com a 'troika'. Não fora isso, e eu assumo, é do interesse estratégico de Portugal ter a REN na posse do Estado", disse.