Notícia
O Governo PSD/CDS vai cair?
Há duas ocasiões que têm sido apontadas como fulcrais para perceber se o Governo de Passos Coelho permanece em funções: a divulgação dos primeiros resultados consolidados da execução orçamental e as eleições autárquicas de Outubro. Uma outra possibilidade é uma crise política no País, provocada dentro da coligação ou fora, pelo PS.
Há duas ocasiões que têm sido apontadas como fulcrais para perceber se o Governo de Passos Coelho permanece em funções: a divulgação dos primeiros resultados consolidados da execução orçamental e as eleições autárquicas de Outubro. Uma outra possibilidade é uma crise política no País, provocada dentro da coligação ou fora, pelo PS.
É difícil prever o impacto que uma má execução orçamental pode ter no elenco governativo, e se é suficiente para fazer cair o Governo. Este ano, o Executivo acumulou falhanços de metas orçamentais com crises políticas – como a TSU – e até lhe acrescentou polémicas que envolveram os ministros Miguel Relvas, de forma mais pronunciada, mas também Álvaro Santos Pereira. A verdade é que nenhum deles foi sequer remodelado, o que pode ser indicativo da resiliência do Governo.
Se, por outro lado, Passos conseguir colocar a economia a inverter o rumo de recessão no segundo semestre, como tem prometido, será pouco crível que o Governo venha a cair.
Autárquicas são bom pretexto para remodelação
Durante alguns meses, a remodelação do Governo foi o tema que dominou o debate político em 2012. Primeiro, por causa das sucessivas polémicas em que o ministro Miguel Relvas se envolveu; depois, porque Santos Pereira parecia não ter a confiança do primeiro-ministro, além de estar à frente de um ministério difícil de gerir. Ambos ficaram no cargo e agora os analistas elegem as autárquicas como o momento ideal para a remodelação. Alguns secretários de Estado são apontados como candidatos a presidentes de câmara - em Viseu, Almeida Henriques; em Gaia, Marco António Costa. Ao substituí-los, Passos aproveitaria para fazer uma renovação mais ampla.