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Já há um membro da Fed pronto a subir os juros

Os responsáveis da instituição monetária dos EUA continuam à espera de melhorias no mercado laboral e nas perspectivas para a inflação. Mas um dos membros da Fed indicou, já na última reunião, que estava pronto a subir os juros.

Reuters
19 de Agosto de 2015 às 19:20
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A subida das taxas de juro de referência da Reserva Federal dos EUA está cada vez mais próxima. De tal forma que, na última reunião, um membro do banco central disse que já estava pronto a actuar. Este é o primeiro sinal de que a instituição monetária poderá vir a tomar essa decisão na reunião de Setembro, embora continue a salientar que espera por melhorias no mercado laboral e na inflação.

"Um membro indicou prontidão para tomar esse nesta reunião, mas estava disposto a esperar por mais dados para confirmar uma decisão de subir o intervalo das taxas de juro", revelaram as minutas da última reunião da Fed, publicadas esta quarta-feira, 19 de Agosto. Um encontro realizado a 28 e 29 de Julho, no qual os responsáveis do banco central optaram por manter as taxas de juro entre 0% e 0,25%, o actual mínimo histórico.

Este é o primeiro grande sinal vindo do banco central de que a subida dos juros estará para breve. Grande parte dos especialistas prevê que a decisão será tomada em Setembro, mas os responsáveis continuam à espera de mais melhorias. "O Comité [Federal do Mercado Aberto – FOMC] conclui que, apesar de ter registado mais progressos, as condições económicas necessárias para uma subida do intervalo das taxas de juro de referência ainda não foram atingidas".

As minutas apontam ainda que "os membros concordaram, no geral, que informações adicionais sobre as perspectivas serão necessárias antes de decidir implementar uma subida das taxas de juro". No foco da instituição monetária continuam a estar o mercado laboral e a inflação, os dois mandatos da Fed. "A maioria dos membros viu margem para algum progresso na redução da flexibilidade laboral", revela o documento, "apesar de vários terem visto as actuais condições do mercado laboral como estando próximas ou sendo já consistentes com as do emprego máximo".

Mas também a inflação estará no bom caminho. "A maioria dos membros viu os dados recentes como um reforço à sua anterior avaliação de que, apesar de a inflação continuar abaixo do objectivo do Comité, a pressão na inflação das anteriores quedas dos preços da energia e dos efeitos da valorização do dólar irão diminuir", apontam ainda as minutas. Ainda assim, alguns membros receiam os efeitos de uma possível maior valorização do dólar e da queda das matérias-primas. 


(Notícia actualizada às 20h06, com mais informação)
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