Notícia
Inflação na Zona Euro nos 2% em Fevereiro
O Eurostat confirmou o valor da estimativa rápida para a inflação na região em Fevereiro. Sem energia e bens alimentares os preços aumentaram 0,9% em termos homólogos.
A inflação na Zona Euro subiu de 1,8% para 2% em Fevereiro, mas excluindo o efeito dos preços do petróleo e dos bens alimentares estabilizou em 0,9%. Os valores avançados pelo Eurostat a 16 de Março confirmam a primeira estimativa divulgada pelo gabinete de estatística da UE.
A subida da inflação, que chegou aos 2%, ultrapassando o limite que o BCE estabelece para médio prazo como estabilidade de preços (definido como "inflação inferior mais próxima de 2%"), tem sido usada para defender uma retirada de estímulos mais rapidamente pelo BCE. O banco central não está no entanto convencido que se trate de uma subida sustentada, nomeadamente pelo facto da inflação subjacente se manter estável, e baixa.
"A inflação anual da Zona Euro foi de 2% em Fevereiro de 2017, subindo dos 1,8% de Janeiro". Em Fevereiro de 2016 a inflação foi de -0,2%" lê-se na nota do Eurostat, que dá conta de uma subida de inflação no total da UE de 1,7% para 1,9%.
No que aos países diz respeito, "a taxas anuais mais baixas foram registadas na Irlanda (0,3%), Roménia
(0,5%), Bulgária e Dinamarca (0,9%)", explica o Eurostat que dá ainda conta que "as taxas mais altas foram registadas na Estónia (3,4%), Bélgica (3,3%), Letónia e Lituânia (ambos com 3,2%)". Em Portugal a inflação em Fevereiro foi de 1,6%.
O gabinete de estatísticas da UE dá ainda conta dos principais contributos positivos e negativos para a evolução dos preços na região. "Os maior impactos positivos na inflação da Zona Euro veirem dos combustíveis e transportes (+0,6 pontos percentuais), vegetais (+0,25 pontos) e do óleo de aquecimento (+0,16 pp), enquanto as telecomunicações (-0,1 pp), o vestuário (-0,07 p.p) e o gás (-0,06 pp) registaram os maiores impactos negativos", lê-se na nota enviada à imprensa.