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Holzmann defende que o BCE acabe com compra de dívida até setembro

O governador do Banco da Áustria diz que a autoridade europeia deverá acabar com todos os apoios de compra de dívida até setembro de 2022 caso a inflação volte a abrandar.

Reuters
11 de Novembro de 2021 às 07:46
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O Banco Central Europeu (BCE) pode terminar todos os programas de compra de dívida até setembro do próximo ano, caso a inflação comece a regressar de forma sustentável para a meta oficial de 2%, de acordo com o governador do Banco da Áustria, Robert Holzmann.

"A eliminação deste programa deve - dependendo da evolução da inflação - acontecer em setembro [de 2022] ou até ao final do ano", diz o banqueiro, num evento em Londres. Introduzido em 2015 pelo ex-líder do BCE Mario Draghi, o programa regular de compra de dívida, o APP, foi criado para trazer os preços do consumidor de volta à meta de 2%, lembra Holzmann. 

O governador austríaco, que espera que a inflação supere essa barreira ao longo de 2022, acrescenta que se opõe a qualquer alteração a este plano de compras convencional. Isto porque existem rumores que o BCE estará a preparar uma alteração do APP, de forma a tentar incorporar parte do outro programa de compra de dívida criado para atacar a pandemia, o PEPP. 

De acordo com as previsões da Comissão Europeia, a inflação será de 2,2% no próximo ano. No próximo mês, será a vez do BCE fazer as suas próprias previsões. A autoridade liderada por Christine Lagarde tem encontro marcado para daqui a aproximadamente cinco semanas.

No último encontro, o BCE cumpriu com aquilo que tinha sido dito em setembro e manteve todos os apoios em cima da mesa, fazendo uma avaliação apenas no encontro de dezembro. Mas até lá, o ritmo de compras de dívida mensais vai continuar a abrandar.

Philip Lane, economista-chefe da autoridade monetária, realçou que a atual inflação é temporária e será atenuada no início do próximo ano, altura em que os entraves nas cadeias de abastecimento e os preços da energia começarão a normalizar.

Numa entrevista ao jornal espanhol El País, o irlandês de 52 anos diz que "falamos de 'inflação, inflação, inflação', mas este período de inflação é muito incomum e temporário, não é um sinal de uma situação crónica. A situação em que nos encontramos agora é muito diferente da dos anos setenta e oitenta".
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