Notícia
Lane reforça "caráter temporário" da inflação na Zona Euro e afasta cenário crítico
Economista-chefe do BCE afasta problema crónico na Zona Euro e reforça que escalada de preços será atenuada no próximo ano.
Philip Lane, economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), realça que a atual inflação é temporária e será atenuada no início do próximo ano, altura em que os entraves nas cadeias de abastecimento e os preços da energia começarão a normalizar.
Numa entrevista ao jornal espanhol El País, o irlandês de 52 anos diz que "falamos de 'inflação, inflação, inflação', mas este período de inflação é muito incomum e temporário, não é um sinal de uma situação crónica. A situação em que nos encontramos agora é muito diferente da dos anos setenta e oitenta".
Lane afasta assim um problema "crónico" que a Zona Euro tenha de resolver e assegura que a região terá uma forte recuperação económica face ao período pandémico.
Na semana passada, o BCE cumpriu com aquilo que tinha sido dito em setembro e manteve todos os apoios em cima da mesa, fazendo uma avaliação apenas no encontro de dezembro. Mas até lá, o ritmo de compras de dívida mensais vai continuar a abrandar.
"O Conselho do BCE continua a considerar que podem ser mantidas condições de financiamento favoráveis com um ritmo moderadamente menor de aquisições líquidas de ativos ao abrigo do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica ("pandemic emergency purchase programme" – PEPP) do que no segundo e terceiro trimestres deste ano", disse a instituição.
O atual envelope do PEPP, com uma dotação total de 1.850 mil milhões de euros, será usado até março de 2022, no mínimo, ou "até considerar que o período de crise do coronavírus terminou". Depois dessa data, o BCE continuará a reinvestir os pagamentos dos títulos vencidos adquiridos no contexto do PEPP, pelo menos, até ao final de 2023.
Numa entrevista ao jornal espanhol El País, o irlandês de 52 anos diz que "falamos de 'inflação, inflação, inflação', mas este período de inflação é muito incomum e temporário, não é um sinal de uma situação crónica. A situação em que nos encontramos agora é muito diferente da dos anos setenta e oitenta".
Na semana passada, o BCE cumpriu com aquilo que tinha sido dito em setembro e manteve todos os apoios em cima da mesa, fazendo uma avaliação apenas no encontro de dezembro. Mas até lá, o ritmo de compras de dívida mensais vai continuar a abrandar.
"O Conselho do BCE continua a considerar que podem ser mantidas condições de financiamento favoráveis com um ritmo moderadamente menor de aquisições líquidas de ativos ao abrigo do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica ("pandemic emergency purchase programme" – PEPP) do que no segundo e terceiro trimestres deste ano", disse a instituição.
O atual envelope do PEPP, com uma dotação total de 1.850 mil milhões de euros, será usado até março de 2022, no mínimo, ou "até considerar que o período de crise do coronavírus terminou". Depois dessa data, o BCE continuará a reinvestir os pagamentos dos títulos vencidos adquiridos no contexto do PEPP, pelo menos, até ao final de 2023.