Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BCE continua com a bazuca em cima da mesa, mas reduz as munições

O banco central decidiu manter tudo inalterado e aposta numa redução de compras de dívida em termos mensais. Dezembro será um mês chave para o futuro dos programas de dívida.

Christine Lagarde tem em mãos a missão de manter os mercados calmos e ao mesmo tempo de começar a preparar terreno para retirar apoios.
Guillaume Horcajuelo/EPA
28 de Outubro de 2021 às 12:54
  • ...
O Banco Central Europeu (BCE) cumpriu com aquilo que tinha sido dito em setembro e manteve todos os apoios em cima da mesa, fazendo uma avaliação apenas no encontro de dezembro. Mas até lá, o ritmo de compras de dívida mensais vai continuar a abrandar, de acordo com o documento enviado nesta quinta-feira. 

"O Conselho do BCE continua a considerar que podem ser mantidas condições de financiamento favoráveis com um ritmo moderadamente menor de aquisições líquidas de ativos ao abrigo do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica ("pandemic emergency purchase programme" – PEPP) do que no segundo e terceiro trimestres deste ano", pode ler-se na mesma nota.

O atual envelope do PEPP, com uma dotação total de 1.850 mil milhões de euros, será usado até março de 2022, no mínimo, ou "até considerar que o período de crise do coronavírus terminou". Depois dessa data, o BCE continuará a reinvestir os pagamentos dos títulos vencidos adquiridos no contexto do PEPP, pelo menos, até ao final de 2023.

"De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada", garante a instituição liderada por Christine Lagarde, no mesmo documento. 

Para além da bazuca com menor força, a autoridade bancária optou por manter o nível das taxas de juro diretoras em mínimos históricos nos 0%, bem como as compras mensais de 20 mil milhões de dólares através do programa regular de compra de ativos ("asset purchase programme" – APP).

"Com vista a apoiar o seu objetivo simétrico de inflação de 2% e em consonância com a sua estratégia de política monetária, o Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras do BCE permaneçam nos níveis atuais ou em níveis inferiores até observar que a inflação atinge 2%", conclui o BCE.
Ver comentários
Saber mais Conselho do BCE Banco Central Europeu economia negócios e finanças política economia (geral) governo (sistema) executivo (governo)
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio