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Fischer não espera réplica de subida dos juros com redução do balanço da Fed

O vice-presidente da Reserva Federal norte-americana, Stanley Fischer, disse esta noite que não espera ver a mesma reacção adversa dos mercados que se observou em 2013 com o chamado "taper tantrum".

Bloomberg
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Stanley Fischer (na foto), vice-presidente da Fed, declarou na segunda-feira, 17 de Abril, que não espera uma réplica do chamado "taper tantrum" de 2013, numa altura em que o banco central dos EUA já sinalizou que pretende reduzir o seu balanço.

 

O "taper tantrum" da Fed [quando a Reserva Federal norte-americana anunciou, no Verão de 2013, uma redução da compra de obrigações, no âmbito do programa de estímulos à economia] levou os mercados a reagirem com um aumento dos juros da dívida]. No entanto, Fischer não espera que volte a acontecer o mesmo.

 

No passado dia 15 de Março, o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Fed concluiu a reunião de dois dias de política monetária anunciando uma subida de 25 pontos dos juros directores, para um intervalo compreendido entre 0,75% e 1% - a terceira subida desde que a autoridade monetária iniciou o processo de normalização de política monetária.

 

Os membros da FOMC antecipam mais duas subidas dos juros este ano, indo assim ao encontro das expectativas do mercado, que apontam para três aumentos da directora em 2017.

 

Depois, a 5 de Abril, com a divulgação das minutas da reunião de Março, ficou a saber-se que a Fed, presidida por Janet Yellen, sinalizou uma redução do seu balanço ainda este ano.

 

Recorde-se que, além das taxas de juro perto de zero, para segurar a economia americana, a Reserva Federal teve de colocar em curso programas de compras de activos. Apesar de já terem terminado, a Fed continua a reinvestir os juros e a fazer o "rollover" desses instrumentos quando estes chegam à maturidade.

Mas os responsáveis da Fed sinalizaram que esse reinvestimento deverá terminar ainda este ano. "Desde que a economia continue com o desempenho esperado, a maioria dos participantes antecipa que as subidas graduais da taxa de fundos federais continuará e entendem que uma alteração à política de reinvestimento seria provavelmente apropriada mais para o final do ano", sublinharam.

 

Agora, Stanley Fischer, num discurso que proferiu esta segunda-feira na Universidade de Columbia (Nova Iorque), veio dizer que a ausência de reacção – por parte dos investidores – a este anúncio de redução do balanço sugere que as fortes mexidas nos mercados financeiros que se observaram em 2013 não deverão repetir-se.

 

"Neste momento, parece haver menos probabilidade de nos depararmos com fortes distúrbios do que aquando do ‘taper tantrum’", afirmou, citado pela Bloomberg.
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