Notícia
Fed mantém juros inalterados. Prevê cortar mais em 2024
O banco central norte-americano manteve as taxas de juro de referência inalteradas na última reunião de política monetária do ano, pela terceira vez consecutiva.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) optou esta quarta-feira, de forma unânime, por manter as taxas de juro diretoras inalteradas pela terceira reunião consecutiva. De acordo com o comunicado divulgado após o encontro do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), o intervalo permanece assim entre 5,25% e 5,5%.
A decisão já era esperada pelos analistas e encerra assim o ciclo anual da Fed dado que esta é a última reunião de política monetária de 2023.
As atenções estão centradas em quando se iniciará o ciclo de cortes nas taxas diretoras. Se até há pouco tempo a aposta era maioritariamente no primeiro trimestre de 2024, agora a maioria dos analistas aponta para que a primeira descida ocorra apenas em maio.
"Os indicadores mais recentes sugerem que o crescimento da atividade económica desacelerou face a um crescimento mais robusto no terceiro trimestre. Os ganhos do emprego têm-se moderado desde o início do ano, mas permanecem fortes e a taxa de desemprego tem permanecido baixa. A inflação tem abrandado no último mas permanece elevada", refere o banco central liderado por Jerome Powell para justificar a decisão.
"O aperto das condições financeiras e de crédito para as famílias e empresas deverá pesar na atividade económica, na contratação e na inflação. A magnitude destes efeitos permanece incerta. O Comité mantém-se altamente atento aos riscos da inflação", indica.
Para determinar o grau de aperto monetário adicional apropriado para que a inflação volte à meta de 2% a longo-prazo, os decisores norte-americanos explicam que terão em conta a "restritividade cumulativa" da política monetária, os desfasamentos com que a política monetária afeta a atividade económica e a inflação, bem como a evolução económica e financeira.
"Dot plot" indica cortes de 75 pontos base nos juros diretores em 2024
No "dot plot", o mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores, as expectativas de cortes nas taxas de juro de referência são atualizadas para 2024.
Se anteriormente, no "dot plot" realizado em setembro, os decisores da Reserva Federal estimavam que no final de 2024 a taxa dos fundos federais ficasse entre 5% e 5,25%, o que representava uma descida de 50 pontos base face à taxa esperada para o final deste ano (5,5% a 5,75%), a nova expectativa é de cortes em 75 pontos base ao longo de 2024 e que os juros diretores terminem o ano entre 4,5% e 4,75%.
Para 2025 a estimativa é que os juros de referência fiquem entre 3,5% e 3,75%, o que resulta em cortes de juros de 100 pontos base. Já em 2026 a expectativa é de entre 2,75% e 3%, o que implica um corte de 75 pontos base.
As novas projeções e as palavras usadas no comunicado da Fed estão a ser entendidas pelo mercado como uma mudança no tom e nas perspetivas do banco central, depois de um agressivo aperto das taxas de juro de referência ao longo dos últimos dois anos.
A decisão já era esperada pelos analistas e encerra assim o ciclo anual da Fed dado que esta é a última reunião de política monetária de 2023.
"Os indicadores mais recentes sugerem que o crescimento da atividade económica desacelerou face a um crescimento mais robusto no terceiro trimestre. Os ganhos do emprego têm-se moderado desde o início do ano, mas permanecem fortes e a taxa de desemprego tem permanecido baixa. A inflação tem abrandado no último mas permanece elevada", refere o banco central liderado por Jerome Powell para justificar a decisão.
"O aperto das condições financeiras e de crédito para as famílias e empresas deverá pesar na atividade económica, na contratação e na inflação. A magnitude destes efeitos permanece incerta. O Comité mantém-se altamente atento aos riscos da inflação", indica.
Para determinar o grau de aperto monetário adicional apropriado para que a inflação volte à meta de 2% a longo-prazo, os decisores norte-americanos explicam que terão em conta a "restritividade cumulativa" da política monetária, os desfasamentos com que a política monetária afeta a atividade económica e a inflação, bem como a evolução económica e financeira.
"Dot plot" indica cortes de 75 pontos base nos juros diretores em 2024
No "dot plot", o mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores, as expectativas de cortes nas taxas de juro de referência são atualizadas para 2024.
Se anteriormente, no "dot plot" realizado em setembro, os decisores da Reserva Federal estimavam que no final de 2024 a taxa dos fundos federais ficasse entre 5% e 5,25%, o que representava uma descida de 50 pontos base face à taxa esperada para o final deste ano (5,5% a 5,75%), a nova expectativa é de cortes em 75 pontos base ao longo de 2024 e que os juros diretores terminem o ano entre 4,5% e 4,75%.
Para 2025 a estimativa é que os juros de referência fiquem entre 3,5% e 3,75%, o que resulta em cortes de juros de 100 pontos base. Já em 2026 a expectativa é de entre 2,75% e 3%, o que implica um corte de 75 pontos base.
As novas projeções e as palavras usadas no comunicado da Fed estão a ser entendidas pelo mercado como uma mudança no tom e nas perspetivas do banco central, depois de um agressivo aperto das taxas de juro de referência ao longo dos últimos dois anos.