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Elisa Ferreira entre as 10 mulheres que podem chegar ao topo do BCE

Há apenas uma mulher entre os 25 membros do Conselho do BCE. A Bloomberg diz que há talento feminino disponível para que um dia uma mulher chegue à liderança do banco central e diz quais são as 10 que estão mais bem posicionadas posicionadas.

15 de Maio de 2019 às 13:49
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A possibilidade de o Banco Central Europeu ter um dia uma mulher como presidente pode aumentar se os governos olharem com maior atenção para o talento disponível.

 

Após um ano em que os políticos europeus nomearam 13 homens e nenhuma mulher para o Conselho do BCE, este órgão que define a política monetária do banco central tem apenas uma pessoa do sexo feminino.

 

Um facto relevante pois a experiência na definição da política monetária é o caminho tradicional para chegar à presidência. É por isso que todos os principais candidatos para substituir Mario Draghi na presidência do BCE são homens.

 

Os bancos centrais de todo o mundo têm fortes desigualdades de género. A escassez de mulheres economistas e no topo da banca é muitas vezes citada como a razão, mas não é necessário muito tempo para encontrar mulheres na Zona Euro que têm o que é preciso para chegar ao topo do BCE.

 

Elisa Ferreira outra vez

 

Foi o que fez a Bloomberg, tendo chegado ao final da análise com uma lista "seletiva" de 10 mulheres que têm o perfil adequado para ambicionar chegar ao cargo mais relevante da autoridade monetária europeia.

 

Entre os 10 nomes da lista da agência de notícias norte-americana está Elisa Ferreira. Não é a primeira vez que se fala da atual vice-governadora do Banco de Portugal para um lugar no BCE.

 

Elisa Ferreira era apontada como uma das favoritas à presidência do Mecanismo Único de Supervisão do BCE, mas decidiu não avançar com uma candidatura.

 

O cargo acabou por ser ocupado pelo italiano Andrea Enria, que substituiu Daniele Nouy e ganhou a corrida a outra mulher, a irlandesa Sharon Donnery. 

 

Tal como Elisa Ferreira, algumas das mulheres que foram selecionadas pela Bloomberg já ocupam (ou ocuparam) lugares de relevo nos bancos centrais dos respetivos países. A antiga ministra portuguesa, como lembra a Bloomberg, esteve mais de 10 anos no Parlamento Europeu, onde "defendeu dar maior poder ao BCE para monitorizar a estabilidade do sistema financeiro".

   

A espanhola Margarita Delgado, a francesa Sylvie Goulard e a alemã Claudia Bunch também integram a lista e, tal como Elisa Ferreira, estão atualmente nos bancos centrais dos respetivos países. A vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (Emma Navarro) e Laurence Boone (economista-chefe da OCDE) são outros dos nomes apontados pela Bloomberg. Veja a lista completa na fotogaleria em cima.

Sabine Lautenschlaeger (à esqueda na fila do meio), é a única mulher no órgão de política monetária do BCE, depois de Chrystalla Georghadji ter sido substituída por um homem.
Sabine Lautenschlaeger (à esqueda na fila do meio), é a única mulher no órgão de política monetária do BCE, depois de Chrystalla Georghadji ter sido substituída por um homem.
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