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BCE alonga prazo de recrutamento para lugares de topo por falta de mulheres disponíveis

A escassez de mulheres em lugares de topo continua a assombrar as contas do Banco Central Europeu, que acusa dificuldades na contratação de elementos do género feminino.

12.º BCE 504,8 toneladas de ouro
reuters
27 de Maio de 2019 às 16:55
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O Banco Central Europeu terá decidido estender o prazo para a contratação para três lugares de topo no respetivo braço de supervisão, de acordo com a Reuters, depois de ter encontrado dificuldades em encontrar mulheres para ocupar qualquer um destes lugares.

 

O concurso aberto para o Conselho de Supervisão do banco deveria terminar a fase de candidaturas no dia 15 de maio, mas estas foram prolongadas até 12 de junho, apurou a Reuters. Fonte oficial do bnco central escusou-se a tecer comentários.

 

De momento, o BCE tem apenas uma mulher entre os 25 membros que constituem o conselho de Governadores. No Conselho de Supervisão, são cinco os elementos do sexo feminino presentes. No total, três quartos das posições de gestão do banco são ocupadas por homens.

 

O banco central tem vindo a ser criticado pelo desequilíbrio entre os dois géneros. A pressão aumentou depois de duas supervisoras do sexo feminino, Daniele Nouy e Sabine Lautenschlaeger, terem abandonado os respetivos cargos  e terem sido substituídas por homens.

 

Estes são factos relevantes pois a experiência na definição da política monetária é o caminho tradicional para chegar à presidência. É por isso que todos os principais candidatos para substituir Mario Draghi na presidência do BCE são homens.

 

De acordo com a Bloomberg, contudo, há uma lista considerável de mulheres que estão bem posicionadas para substituírem Draghi na presidência do banco central, sendo que este vai abandonar o cargo ainda este ano, a 31 de Outubro. Entre as dez apontadas pela agência está uma portuguesa: a atual vice-governadora do Banco de Portugal, Elisa Ferreira.

 

Elisa Ferreira era apontada como uma das favoritas à presidência do Mecanismo Único de Supervisão do BCE, mas decidiu não avançar com uma candidatura.

 

O cargo acabou por ser ocupado pelo italiano Andrea Enria, que substituiu Daniele Nouy e ganhou a corrida a outra mulher, a irlandesa Sharon Donnery. 

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