O presidente do Banco Central Europeu (BCE), no final da reunião do Conselho de Governadores esta tarde em Frankfurt (3 de Abril), disse que “a análise económica confirma a nossa expectativa de um período prolongado de inflação baixa, seguido por uma melhoria gradual no Índice de Preços ao Consumidor até níveis próximos de 2%”. A evolução dos preços será modesta no “médio prazo”.

Apesar desta conclusão o BCE decidiu não descer ainda mais as taxas de juro, embora Draghi tenha aberto a porta a operações de “quantitative easing” (compra de dívida pública e privada) no futuro.

Várias jornalistas questionaram o banqueiro central sobre o risco de deflação na Europa. Mario Draghi foi claro: “não achamos que o risco de deflação tenha aumentado.” No entanto, admitiu que essa avaliação foi a principal divergência durante a reunião com os governadores dos bancos centrais da zona euro. “A discussão de hoje foi muito rica e a principal divergência foi saber até que ponto os novos dados de inflação alteraram as perspectivas para o futuro.”

O presidente do BCE admitiu que um período longo de inflação baixa torna os processos de desalavancagem mais difíceis e é menos positiva para a redução da dívida real.

* O jornalista viajou a Frankfurt a convite da Comissão Europeia