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Deutsche Bank vê Fed a subir juros diretores para 5% e alerta para recessão

Os analistas apontam para aumentos adicionais de 25 pontos base, o que levará a que a taxa de fundos federais atinja os 5%, uma medida que irá mergulhar os EUA numa recessão necessária.

O banco central, liderado por Jerome Powell, deverá subir a sua taxa diretora pela primeira vez na reunião de março.
Brendan Smialowski/Reuters
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Os EUA podem estar prestes assistir a um "déjà vu" de 1980, já que os analistas do Deutsche Bank apontam para que a Reserva Federal norte-americana (Fed) adote uma política monetária mais restritiva do que o esperado.

 

Para os analistas, liderados pelo economista-chefe do banco, David Folkerts Landau, a Fed deve subir a taxa de fundos federais este ano para um intervalo "entre 5% e 6%", o que, na sua ótica, "será suficiente para cumprir a tarefa [de combater a inflação] desta vez".

 

A nota de "research" citada pela Bloomberg justifica esta previsão de aumento das taxas de juro pelo "reforço dado pela redução do balanço que a nossa equipa estima que será equivalente a alguns aumentos adicionais de 25 pontos base".

 

Para o grupo comandado por David Folkerts Landau, estas medidas levarão a economia norte-americana "para uma recessão significativa até ao final do próximo ano", apontando mesmo que o desemprego aumente "em vários pontos percentuais".

 

Ainda assim, o banco alemão salienta que a recessão é um mal necessário na batalha contra a inflação. "Teremos uma grande recessão, mas acreditamos firmemente que quanto mais cedo e mais agressivamente a Fed agir, menos danos a economia irá sofrer a longo prazo".

 

Os analistas consideram-se "menos pessimistas" que os seus pares de outros bancos de investimento, como o Goldman Sachs - que aponta para uma contração da economia norte-americana de 35% nos próximos dois anos, uma previsão em linha com a Bloomberg Economics (que acredita que existe 44% de hipóteses de os EUA entrarem em recessão até janeiro de 2024).

 

O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, já afirmou que o objetivo é reduzir a inflação até à meta dos 2% (tendo chegado em março aos 8,5%) e preservar um mercado de trabalho robusto.

 

Para o Deutsche Bank, uma taxa de fundos federais neutra, em torno dos 2,5%, como previsto pela Fed, não é suficiente para combater a inflação, daí que aponte para os 5% e para que os juros da dívida norte-americana a dez anos reajam a subir para uma faixa entre 4,5% a 5%.

 

O banco central dos EUA reúne-se nos próximos dias 3 e 4 de maio, esperando-se um aumento das taxas de juro em meio ponto percentual e a redução do balanço em nove biliões de dólares.

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