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Fed vai reduzir o balanço em 95 mil milhões de dólares por mês
As atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana revelam que o banco central dos EUA deverá em breve começar a reduzir o seu balanço em 95 mil milhões de dólares por mês.
Na sua última reunião de política monetária, realizada nos dias 15 e 16 de março, a Reserva Federal norte-americana, liderada por Jerome Powell (na foto), iniciou a subida dos juros diretores, prevendo novos aumentos nas seis reuniões que ainda restam este ano.
O banco central dos EUA anunciou uma subida de 25 pontos base da taxa dos fundos federais, que passou assim para um intervalo entre 0,25% e 0,50%. Tratou-se do primeiro aumento desde dezembro de 2018.
Nessa mesma reunião, Powell aludiu também ao balanço do banco central, tendo sublinhado que era altura de começar a reduzir os ativos comprados no âmbito dos estímuloa à economia no período pandémico – e nos dois últimos dias mais dois membros da Fed discursaram no mesmo sentido.
Segundo as atas da reunião, agora divulgadas, os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Fed apontam para que a instituição comece a reduzir o volumoso número de obrigações que detém no seu balanço, a um ritmo máximo de 95 mil milhões de dólares (86,7 mil milhões de euros) por mês, endurecendo assim ainda mais o seu posicionamento de combate à inflação.
Esta redução – repartida entre 60 mil milhões de dólares em Obrigações do Tesouro e 35 mil milhões em títulos endossados a hipotecas – é bastante superior ao ritmo de alívio do balanço levado a cabo entre 2017 e 2019, que era de 50 mil milhões por mês.
Espera-se que o FOMC aprove esta redução do seu balanço na próxima reunião de política monetária, agendada para os dias 3 e 4 de maio.
Assim, depois de no ano passado ter começado a reduzir gradualmente as suas compras de ativos, agora está a chegar a vez de começar a retirar esses títulos, faseadamente, do seu balanço.
As atas também referem que "muitos" responsáveis da Fed teriam preferido aumentar os juros diretores em 50 pontos base.
Os responsáveis da Fed sublinham ainda, neste documento, que esperam – "com uma adequada firmeza no posicionamento em matéria de política monetária" – que a inflação regresse ao seu objetivo dos 2% e que o mercado laboral se mantenha robusto.
(notícia atualizada pela última vez às 19:39)