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BCE contraria expectativa e desce taxa de juro na Zona Euro para 0,25%
Depois da queda inesperada da inflação na Zona Euro, foi a vez de o Banco Central Europeu surpreender com um corte das taxas de referência para a região. A taxa de juro de referência para a Zona Euro desceu para o novo mínimo histórico de 0,25%.
O Banco Central Europeu desceu a taxa de juro de referência para a Zona Euro de 0,5% para 0,25%. A decisão levou a taxa de juro para um novo mínimo hiostórico e ficou em linha com o previsto por apenas três economistas, entre os 70 inquiridos pela Bloomberg.
A decisão teve lugar depois de terem sido conhecidos os dados da inflação na Zona Euro, com o índice preços do consumidor a registar um crescimento homólogo de 0,7%, em Outubro. Uma subida do nível geral dos preços que ficou bastante aquém da meta de 2% definida pela instituição responsável pela moeda única.
Os dados da inflação levaram o comissário para a Economia e Assuntos Monetários, Olli Rehn, a pronunciar-se na terça-feira acerca da decisão que Mario Draghi anunciou ao início desta tarde. O actual nível da inflação “está claramente desalinhado com a meta de política monetária do Banco Central Europeu”, disse Rehn. “Acredito que o BCE, em linha com as orientações fornecidas por Mario Draghi, vai ter este aspecto em conta na sua decisão de política monetária”, acrescentou.
Ainda assim, os economistas não terão ficado convencidos da intenção de descer a taxa de juro. Prevendo uma manutenção das taxas, os investidores aguardavam as declarações de Mario Draghi na expectativa de que este sinalizasse uma descida dos juros em Dezembro.
Entre as estimativas de 70 economistas inquiridos pela Bloomberg, apenas três previram uma descida das taxas directoras. Richard Barwell do Royal Bank of Scotland foi um dos que avançou uma previsão de descida dos juros.
“Chega uma altura em que inflação é tão fraca e resulta em valores tão abaixo do esperado, que se torna demasiado difícil resistir aos argumentos a favor de uma descida dos juros”, justificou o Barwell. “Acreditamos que o conselho de governadores terá chegado ao limite da dor, no que diz respeito ao nível baixo da inflação, na reunião de Novembro”, concluiu.
(Notícia actualizada às 13h08)