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BCE salienta que "flexibilidade" continua a ser "chave". Inflação regista melhorias

As atas da última reunião da instituição mostram que os membros estão coordenados em considerar que a flexibilidade continua a ser fundamental para a atuação do banco.

O BCE divulgou ontem o seu boletim económico no qual incluiu os resultados de um inquérito a grandes empresas.
Kai Pfaffenbach/Reuters
Gonçalo Almeida goncaloalmeida@negocios.pt 07 de Outubro de 2021 às 13:09
Os membros do Banco Central Europeu (BCE) realçaram que a flexibilidade se mantém como "chave" para as decisões futuras da autoridade bancária, apesar de terem anunciado uma redução nos programas de compras de ativos na última reunião de política monetária, segundo as atas desse mesmo encontro.

"No que diz respeito à implementação [da redução de compras], foi sublinhado que a flexibilidade de acordo com as condições de mercado continua a ser uma característica fundamental do PEPP, permitindo uma margem de flexibilidade para reagir a choques de curto prazo que exerçam pressão sobre as taxas de juro de referência ou, do mesmo modo, permitindo o ritmo de compras a ser reduzida se as condições favoráveis pudessem ser mantidas em um ritmo ainda mais baixo", pode ler-se nos documentos.

Para além da referência a este aspeto, os membros do BCE mostraram-se mais otimistas com a evolução da inflação. No mesmo texto lê-se que a instituição registou uma saliente melhoria nas perspetivas para a inflação.

"Quanto à avaliação das perspetivas para a inflação, uma significativa melhoria ao longo do ano foi reconhecida". "No entanto, observou-se que o aumento de curto prazo da a inflação foi em grande parte impulsionada por fatores temporários que iriam enfraquecer no médio prazo e não pedir um aperto nas políticas", acrecsentam.

Já hoje, Yannis Stournaras, governador do Banco da Grécia, em entrevista à Bloomberg TV, disse que a potencial criação de um novo programa de dívida, por parte do Banco Central Europeu (BCE), vai ao encontro de uma transição suave que a autoridade bancária quererá preservar.

"A compra de ativos tem como objetivo preservar as condições de financiamento favoráveis, numa transição suave de política monetária que seja capaz de prevenir qualquer tipo de fragmentação", adianta o banqueiro e membro do BCE, que garantiu ainda que "tem a certeza que o Conselho de Governadores quer continuar a ambicionar isso".
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