Notícia
BCE: países com almofadas orçamentais devem usá-las. Nos outros, o défice pode subir
Mario Draghi, presidente do BCE, pediu aos países que usem as suas margens orçamentais "atempadamente". Os que têm demasiada dívida devem deixar os estabilizadores automáticos funcionar.
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Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), apelou aos países com espaço orçamental para agirem de forma "eficaz" e "atempadamente", para contrariar o abrandamento da Zona Euro. E mesmo aqueles com dívida pública elevada devem deixar funcionar os estabilizadores automáticos, o que por outras palavras implica, em caso de maior abrandamento, deixar o défice orçamental subir.
"Tendo em conta o enfraquecimento do cenário macroeconómico e a continuada prevalência de riscos negativos, os governos com espaço orçamental devem agir de forma eficaz e atempada", frisou Mario Draghi, na conferência de imprensa desta quinta-feira, onde explicou as decisões política monetária ainda mais expansionista.
"Nos países onde a dívida pública é elevada, os governos precisam de seguir políticas que criem condições para deixar os estabilizadores automáticos funcionar livremente", somou o presidente do BCE, frisando ainda: "Todos os países devem reforçar os esforços para alcançar uma composição de finanças públicas mais amigas do crescimento".
Esta orientação difere da que tinha sido dada em julho, aumentando a pressão para que os governos façam a sua parte na tentativa de segurar a economia europeia e evitar a recessão. Deixar os estabilizadores automáticos funcionar significa que as receitas fiscais podem cair por causa do abrandamento económico, e que a despesa pública pode subir por causa de maiores dificuldades no mercado de trabalho, mas que os Governos não têm de fazer nada para contrabalançar estes efeitos, permitindo que o saldo orçamental se degrade.
Mario Draghi não só repetiu estas mesmas frases em resposta a uma jornalista, como ainda desafiou diretamente os governos de países com finanças públicas mais robustas.
"Se a política orçamental fosse colocada em prática, os efeitos negativos da nossa política seriam muito menores, a política seria mais eficaz e estas medidas [de política monetária muito expansionista] teriam de estar no terreno durante muito menos tempo," atirou Draghi.
Depois, acabou por reconhecer que estes conselhos devem ser dados com "humildade" e que há "dificuldades específicas" nestes países para tomar as medidas em causa. Mas notou que a forma de "acelerar os resultados da política monetária" está na política orçamental.
"Tendo em conta o enfraquecimento do cenário macroeconómico e a continuada prevalência de riscos negativos, os governos com espaço orçamental devem agir de forma eficaz e atempada", frisou Mario Draghi, na conferência de imprensa desta quinta-feira, onde explicou as decisões política monetária ainda mais expansionista.
Esta orientação difere da que tinha sido dada em julho, aumentando a pressão para que os governos façam a sua parte na tentativa de segurar a economia europeia e evitar a recessão. Deixar os estabilizadores automáticos funcionar significa que as receitas fiscais podem cair por causa do abrandamento económico, e que a despesa pública pode subir por causa de maiores dificuldades no mercado de trabalho, mas que os Governos não têm de fazer nada para contrabalançar estes efeitos, permitindo que o saldo orçamental se degrade.
Mario Draghi não só repetiu estas mesmas frases em resposta a uma jornalista, como ainda desafiou diretamente os governos de países com finanças públicas mais robustas.
"Se a política orçamental fosse colocada em prática, os efeitos negativos da nossa política seriam muito menores, a política seria mais eficaz e estas medidas [de política monetária muito expansionista] teriam de estar no terreno durante muito menos tempo," atirou Draghi.
Depois, acabou por reconhecer que estes conselhos devem ser dados com "humildade" e que há "dificuldades específicas" nestes países para tomar as medidas em causa. Mas notou que a forma de "acelerar os resultados da política monetária" está na política orçamental.